Estudo da CDL

Prejuízo de R$ 1,6 mil, nome sujo e traumas: pesquisa traça impactos dos golpes financeiros em BH

Vítimas também enfrentam cobranças indevidas e cancelamento de cartões, mostra levantamento

Do HOJE EM DIA
portal@hojeemdia.com.br
22/10/2025 às 20:01.
Atualizado em 22/10/2025 às 20:47

Belo-horizontinos vítimas de golpes financeiros perdem, em média, R$ 1,6 mil. O valor foi estimado em pesquisa feita pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL/BH). Não bastasse o prejuízo, as fraudes ainda provocam uma série de consequências, como cobranças indevidas, acionamento da Justiça, nome negativado, bloqueio e cancelamento de cartões e dados bancários, perda do número de telefone, excesso de ligações e o trauma.

Segundo o levantamento, entre as vítimas que conseguiram recuperar parte do dinheiro, a média restituída foi de R$ 1.430. “O prejuízo financeiro é apenas parte do problema. Os golpes deixam marcas que vão além do bolso, afetando a vida, a tranquilidade e, até mesmo, a dignidade das pessoas”, afirma o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva. 

Desconfiança leva consumidor a evitar compra on-line

Diante da frequência de tentativas de  golpes, a desconfiança é latente entre os consumidores. A pesquisa revela que 84% dos entrevistados afirmam que já desistiram de uma compra on-line por desconfiarem de fraudes. Desse montante, 54,5% são mulheres e 33,7%, homens. 

“A desconfiança gerada pelos golpes faz com que comerciantes sérios, que investem no digital para ampliar suas vendas, acabam sendo penalizados. Muitos consumidores deixam de comprar diretamente nas plataformas próprias das lojas, optando por marketplaces”, acrescenta Marcelo de Souza e Silva. 

O que os consumidores fazem para se proteger

A pesquisa da CDL/BH mostra também as práticas de segurança dos belo-horizontinos, que incluem monitorar dados pessoais, trocar senhas regularmente e consultar o CPF. Em relação à conferência frequente do extrato bancário, 42% afirmam que conferem de forma recorrente. Neste recorte, as mulheres (46,4%) são mais atentas que os homens (36%). 

Para proteger os aplicativos bancários e de investimentos financeiros, somente 26,5% afirmam que alteram as senhas de acesso entre três meses e um ano. Já 72,5% dizem nunca modificar. 

Quanto ao monitoramento do CPF e dados pessoais, 52,5% afirmam monitorar. Em relação ao compartilhamento de dados pessoais e bancários em redes sociais, 89,5% dizem não compartilhar. 

Os belo-horizontinos afirmam que as estratégias utilizadas para evitar fraudes financeiras são: não compartilhamento de informações pessoais (22%), bloqueio de números desconhecidos (16,5%), desconfiança de promessas e propostas estranhas (15%), não clica em links suspeitos ou arquivos enviados por mensagens suspeitas (13%), pesquisa de informações (9%), não realiza compras on-line (6%). 

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