O Índice Gerente de Compras (PMI) do HSBC apresentou queda em dezembro na comparação com o mês anterior ao passar de 52,2 pontos para 51,1 pontos. De acordo com o banco, o crescimento da produção do setor industrial brasileiro foi "sólido" em dezembro, mas lento em relação ao desempenho demonstrado em novembro. O PMI é uma consolidação de dados criada para fornecer, em um único número, uma visão geral e instantânea das condições operacionais da economia do setor industrial. Leituras acima de 50 pontos indicam expansão, enquanto resultados abaixo desse número mostram contração.
Este foi o quarto mês seguido de aumento na produção industrial brasileira. Segundo o HSBC, a atividade de compra também se expandiu, em meio a relatos de aumento previstos na demanda. "No geral, pode-se dizer que o setor industrial encerrou 2012 num momento positivo, após ter passado a maior parte do ano em contração", afirmou, no relatório, o economista principal do Grupo no HSBC no Brasil, Andre Lóes.
A compra de insumos apresentou leve aumento, mas o crescimento se deu pelo segundo mês consecutivo. Os custos de insumos sobem desde setembro de 2009 e parte da nova carga foi repassada aos clientes. Os preços dos produtos cresceram em dezembro mais rápidos dos últimos três meses. O relatório do HSBC informou que cerca de 6% dos entrevistados indicaram taxas mais elevadas em suas unidades, citando os custos mais altos de insumos e as condições desfavoráveis do câmbio. Os estoques de dezembro ficaram abaixo do nível registrado no mês anterior.
O volume de entrada de novos trabalhos para as empresas industriais se expandiu moderadamente em dezembro por conta da demanda mais forte. A quantidade de novos pedidos para exportação também aumentou ligeiramente e as vendas para exportação cresceram pela primeira vez desde março de 2011. Dezembro também mostrou uma diminuição nos pedidos em atraso. Conforme o banco, os negócios inacabados têm caído em cada um dos últimos nove meses.
Em relação ao emprego na indústria, o relatório revela que cerca de 6% das empresas consultadas indicam números mais baixos de funcionários no último mês de 2012. Segundo o HSBC, há relatos de uma não reposição de funcionários que se demitiram.
http://www.estadao.com.br