Programa Casa Melhor vai injetar R$ 818 milhões no comércio de Minas

Tatiana Moraes - Hoje em Dia
18/06/2013 às 07:16.
Atualizado em 20/11/2021 às 19:13

As lojas de móveis de Belo Horizonte já se movimentam para atender às pessoas que se cadastraram no Minha Casa Melhor, programa do governo federal que disponibiliza crédito de R$ 5 mil para os cadastrados no Minha Casa, Minha Vida. Em Minas Gerais, segundo o banco, devem ser injetados cerca de R$ 818 milhões no comércio em decorrência do programa.

A Caixa ainda está em negociação com os grandes magazines, que comercializam eletrodomésticos, para adesão ao programa. O Magazine Luiza é o único confirmado até o momento. No Brasil, 13 mil lojas aceitarão o cartão do Minha Casa Melhor. Em Belo Horizonte, são 52.

Dez produtos podem ser adquiridos com o cartão, que tem prazo para pagamento de 48 meses. Um preço máximo foi determinado para cada produto: guarda-roupa, R$ 380; cama de casal com ou sem colchão, R$ 370; cama de solteiro com ou sem colchão, R$ 320; mesa com cadeiras, R$ 300; sofá, 375; fogão, R$ 599; lavadora de roupas automática, R$ 850; refrigerador, R$ 1.090; TV digital, R$ 1.400 e notebook ou computador, R$ 1.150. Os juros são de 0,4% ao mês, o equivalente a 5% ao ano.


Sonho Realizado

A auxiliar de serviços gerais Marlene Maria de Oliveira foi uma das primeiras pessoas da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) a se cadastrar no Minha Casa Melhor. Ela ainda espera a chegada do cartão, que demora 10 dias, mas já sonha com os produtos novos. “Só tenho geladeira e fogão em casa e eles são bem antigos. Vou trocá-los. Além disso, vou montar minha casa toda, com camas para mim e para os meus filhos. É um sonho”, diz. Ela mora em Ribeirão das Neves com os três filhos.

 

Para atender Marlene e outras 163.535 cadastrados no Minha Casa, Minha Vida em Minas Gerais, as lojas começam a mexer no estoque. De acordo com o presidente da rede de móveis Dellar, Heberson Mendes Braga, negociações com fornecedores estão em curso. O objetivo é conseguir produtos com custos mais baixos.

“Temos itens que se encaixam nos valores estipulados à disposição, mas pretendemos conseguir fechar mais fornecedores. O mercado é dinâmico, quanto mais conseguirmos negociar, melhor”, afirma o presidente da Rede. Ainda segundo ele, o estoque será reforçado. A expectativa é a de que as vendas aumentem em aproximadamente 20%. “O programa é bom tanto para os cadastrados no Minha Casa, Minha Vida quanto para o comércio”, completa a gerente da unidade Alípio de Mello da Dellar, Rosimar Pinheiro.

A previsão de aumento nos negócios é ainda mais acirrada no Shopping dos Móveis. Com três lojas em Belo Horizonte e uma em Santa Luzia, a previsão é a de que haja pelo menos 25% de melhora. Conforme afirmou a gerente da unidade Venda Nova, Graciety de Oliveira, utilizar a mesma estratégia da Dellar, de negociar novos itens com fornecedores, é uma possibilidade.

“Embora tenhamos produtos, o valor máximo dos guarda-roupas, por exemplo, é baixo. Vamos tentar mais opções”, comenta. Graciety diz que já recebeu clientes procurando pelos itens. “Eles estão esperando apenas a chegada do cartão para comprar”, completa.

A vendedora da Mimax Colchões, Sydlaine Magna, afirma que é possível comprar bons produtos com os valores. “Os colchões de solteiro custam a partir de R$ 129 e os de casal R$ 279, bem menos do que o preço máximo”, diz.

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