(Lucas Prates)
A proibição para realização de novos empréstimos continua valendo para nove bancos e uma financeira que atuam no Estado. Entre eles, cinco com sede em Belo Horizonte. Dos bancos mineiros, apenas o Bonsucesso confirmou que recorrerá à justiça contra a punição.
A decisão administrativa cautelar foi tomada na terça-feira (21) pelo Ministério Público de Minas Gerais, por meio do Procon Estadual. A suspensão atinge os bancos mineiros BMG, Bonsucesso, Intermedium, Mercantil do Brasil e Banco Rural. Também foram punidos o Cacique, Cruzeiro do Sul, GE Capital, Santander e a BV Financeira. Eles terão que apontar formas de corrigir falhas constatadas em inquérito.
A determinação é reflexo de denúncias referentes à dificuldades impostas pelos bancos aos clientes interessados na quitação antecipada de empréstimos e à transferência de dívidas de uma instituição para outra (portabilidade de dívida).
As reclamações foram coletadas pelo Procon Municipal e pelo Procon da Assembleia, que acionaram o Procon Estadual. Reclamações feitas na rede mundial de computadores também foram levadas em conta.
Números
O número total de reclamações que deu origem ao processo não foi informado pelo Procon Estadual. Apesar disso, de acordo com a assessora jurídica do órgão, Cristiane Pedersoli, todas as denúncias foram anexadas às notificações entregue aos bancos. Somente no Procon de Belo Horizonte, segundo a coordenadora do Procon Municipal, Maria Laura Santos, foram protocoladas 1.490 reclamações contra os 10 bancos punidos, especificamente sobre os dois problemas tratados, no período entre 1º de janeiro e anteontem.
O Banco Santander ocupou o primeiro lugar no ranking, com 694 protocolos. Em segundo lugar aparece BMG, com 311. A BV Financeira possui 264, seguido por Cruzeiro do Sul (55), Bonsucesso (44), Intermedium (31), Mercantil do Brasil (30), GE Capital (24), Banco Rural (22) e Cacique (15). “No somatório de todos os Procons, são milhares”, disse Maria Laura.
Bancos
O Mercantil do Brasil reiterou que apenas duas reclamações foram anexadas à notificação. A instituição estuda se vai recorrer, assim como o Banco Rural. O Intermedium disse que acatou a decisão e “tomará medidas internas visando corrigir eventuais procedimentos ocorridos conforme referida notificação”. O Bonsucesso afirmou que foi inserido indevidamente na relação de instituições apresentada Ministério Público e vai recorrer. O BMG não se manifestou. l