Qoy renova Doce Cacau e lança linhas voltadas para a saúde

Sergiovanne Amaral
sergiovanne@hojeemdia.com.br
11/07/2016 às 07:58.
Atualizado em 16/11/2021 às 04:14
 (Cristiano Machado/ Hoje Em Dia)

(Cristiano Machado/ Hoje Em Dia)

Trufas recheadas com calda de cereja, banana e maracujá. Bombons de chocolate ao leite e chocolate branco. Nozes e avelãs também fazem parte das delícias oferecidas por uma marca que vem conquistando seus clientes pelo paladar, a Qoy Chocolate Experience. A franquia foi criada para substituir a antiga Doce Cacau, que fez sucesso em Minas em meados da década de 2000 e o fez com excelência, oferecendo uma linha de chocolates premium de deixar qualquer um com água na boca.

A marca, que era das irmãs Andréia e Flávia Falci, foi adquirida pelo empresário Jadson Paiva, que não só decidiu expandir a Qoy, como ressuscitar a Doce Cacau para competir com marcas mais populares. “Conheci as irmãs em julho do ano passado, quando elas me chamaram para fazer uma consultoria. Na época, elas queriam passar mais tempo com a família e começamos a negociar. A aquisição aconteceu em fevereiro deste ano”, conta Jadson.

O empresário pretende inovar com a Qoy. Ele já encomendou receitas de sorvetes para Andréia Falci, que acabou virando chocolatier da marca e vai lançar duas linhas saudáveis, uma fit e outra funcional. Na linha funcional, por exemplo, Jadson pretende enriquecer alguns produtos com o chamado nibs, fragmento das amêndoas do cacau, riquíssimos em flavonóides e altamente antioxidantes. Já com a linha fit, ele quer oferecer chocolates termogênicos.

“A turma da academia não ia ficar tão preocupada em consumir”, comenta. “O cacau era consumido pelos incas, que faziam uma bebida energética. Em quíchua, dialeto inca, “qoy” significa precioso. É o que queremos oferecer para nossos clientes”, comenta Jadson.

Os valores de investimento e faturamento não são divulgados. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (ABICAB), houve redução de 5,5% no volume total produzido em 2014, que caiu de 784 mil toneladas para 740 mil toneladas em 2015. O setor ainda amarga aumentos nos preços dos insumos e de combustível.
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Ainda assim, Jadson Paiva espera fechar o ano com 40 franquias das duas marcas, espalhadas pelo Brasil, e um crescimento de vendas de 50% em relação a 2015 (atualmente ele possui 12 lojas da Qoy em nove estados brasileiros).

A Doce Cacau deve estar de volta, com outras quatro lojas (três apenas em Belo Horizonte e uma no interior do estado) nos próximos meses.



Uma franquia da Doce Cacau pode ser adquirida a partir de R$ 60 mil, metade do preço cobrado pela menor loja da Qoy. Para ambas, a compra inicial de produtos é de R$ 20 mil. O faturamento da loja Qoy gira entre R$ 50 mil a R$ 70 mil e o da outra marca, entre R$ 26 mil e R$ 32 mil. O prazo de retorno esperado do investimento é de 12 a 18 meses.

E ainda há mais mudanças pela frente. Um designer parisiense vai reformular as embalagens da Qoy (que, diga-se de passagem, já são lindas). O trabalho já está em andamento.

Outra mudança vem de quem mete a mão na massa, ou melhor, no chocolate. As duas marcas passarão a trabalhar com a denominação intenso e muito intenso, no lugar de amargo e meio amargo, seguindo uma tendência internacional.

Além disso, Jadson quer mudar a fábrica do bairro Santa Efigênia, na capital, para um lugar maior. “Quero que as pessoas possam parar, visitar a fábrica e degustar o chocolate à vontade”. Enquanto isso não acontece, vale dar uma passada em uma das lojas e se deliciar com as maravilhas de cacau produzidas pela Qoy.

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