A maior queda de arrecadação no mês de setembro em relação ao mesmo período do ano passado foi da Cide-Combustíveis, que registrou baixa no período de 99,92%, somando R$ 750 mil no mês passado. De acordo com a Receita Federal, o resultado é fruto da redução a zero da alíquota da Cide para gasolina e diesel.
Outro imposto que registrou forte queda nessa base de comparação foi o do IPI para automóveis. No mês passado, foi registrada baixa de 47,70%, para R$ 322 milhões. Contribuíram para esse resultado as alterações de tabela do imposto para o período de maio a julho.
Já o IOF registrou queda de 14,70% no período, somando R$ 2,462 bilhões, influenciada principalmente pela redução no volume de entrada de moedas nas operações tributadas e pela diminuição das alíquotas nas operações de crédito de pessoas físicas.
O IPI vinculado às importações (-10,47) e o Imposto de Importação (-0,07%) sofreram queda para, respectivamente, R$ 1,177 bilhão e R$ 2,512 bilhões. O resultado foi atribuído pela Receita à elevação de 15,90% na taxa média de câmbio e de 0,69% na alíquota média do Imposto de Importação. O Fisco ressaltou também o impacto da redução de 12,40% no valor em dólar nas importações e de 8,68% na alíquota média efetiva do IPI vinculado.
O resultado do IPI para outros produtos foi 8,19% menor em setembro do que no mesmo período do ano passado. O recolhimento de R$ 1,605 bilhão é resultado de um decréscimo de 1,95% na produção industrial de agosto na comparação com idêntico mês de 2011 e da desoneração de produtos da linha branca e de móveis.
Os rendimentos de capital somaram R$ 1,621 bilhão no mês passado, o que representa uma queda de 12,79% sobre setembro de 2011. De acordo com a Receita, o resultado decorre principalmente da diminuição nominal de 9,15% no ganho obtido no resgate de aplicações de renda fixa.
O total de "outras receitas administradas" somou R$ 574 milhões, o que representa queda de 31,60% em setembro ante igual período do ano passado.
http://www.estadao.com.br