A Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) espera concluir, entre o final deste ano e o início de 2014, o projeto de reclassificação dos fundos de investimento. A informação é de José Carlos Doherty, superintendente geral da Anbima. O objetivo é, disse ele, fazer um ajuste nas categorias com o intuito de reduzi-las e, assim, permitir o melhor entendimento por parte dos investidores. "Essa discussão está em andamento na Anbima", resumiu ele, em coletiva de imprensa, nesta quinta-feira.
São alvo dessa classificação os fundos 409, que somam 23 categorias. Os demais fundos de previdência aberta também podem adotar o mesmo formato, segundo a Anbima. No entanto, para que isso aconteça são necessárias discussões com a Federação Nacional de Empresas de Vida e Previdência (FenaPrevi).
Carlos Massaru, vice-presidente da Anbima, acrescentou que a tarefa de reclassificação dos fundos não é fácil. "É um grande desafio, mas esse ajuste é fundamental para proporcionar mais transparência à indústria de fundos", disse ele.
A revisão das categorias de fundos está na pauta da Anbima desde o primeiro trimestre de 2012. Na opinião de especialistas, a simplificação da oferta de produtos na indústria de fundos se faz necessária, uma vez que, em um cenário de juros menores, esse é um dos caminhos que ajudarão o segmento a atrair investidores que começam a diversificar suas carteiras em busca de maior rentabilidade. Como há uma gama de fundos com estratégias similares, eles consideram a consolidação necessária para permitir melhor entendimento por parte dos investidores.
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