(Toninho Almada)
BRASÍLIA - O presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Fernando Yamada, disse que um repasse integral da redução dos impostos da cesta básica para os preços vai depender também da indústria alimentícia.
"Acreditamos em um repasse integral, mas não depende só do setor, depende do repasse da indústria também", disse o presidente da Abras antes de se reunir nest segunda-feira (11) com o ministro da Fazenda, Guido Mantega. O ministro se reúne com donos de supermercados e empresários da indústria de alimentos para pedir que o corte de tributos seja repassado aos preços dos produtos.
Para Yamada, a carne vai ser um dos itens com maior redução de preço, "porque estava muito onerada. Inicialmente achamos que a diferença do preço começa em torno de 6%".
Rede Nacional
Na última sexta-feira, a presidente Dilma Rousseff anunciou que o governo zerou os tributos federais que incidiam sobre a cesta básica de alimentos. Em discurso de 11 minutos em cadeia nacional de rádio e TV, disse ainda que reformulou a cesta básica e incluiu produtos de higiene pessoal, limpeza e, segundo ela, "de maior valor nutritivo". A desoneração de tributos inclui carnes (bovina, suína, aves, peixes, ovinos e caprinos), café, óleo, manteiga, açúcar, papel higiênico, pasta de dente e sabonete.
O impacto anual estimado pelo governo é de R$ 7,4 bilhões. Só neste ano serão R$ 5,5 bilhões.
Em seu pronunciamento, a presidente foi direta: "Conto com os empresários para que isso signifique uma redução de pelo menos 9,25% no preço das carnes, do café, da manteiga, do óleo de cozinha e de 12,5% na pasta de dentes, nos sabonetes, só para citar alguns exemplos".