A maior procura por Fundos de Investimentos em Índice de Mercado, conhecidos como ETF, levou a Receita Federal a publicar, nesta segunda-feira, uma Instrução Normativa para explicar o momento da tributação do Imposto de Renda. Segundo o operador institucional da Renascença Corretora Luiz Roberto Monteiro, a Instrução teve o objetivo de acabar com qualquer interpretação incorreta sobre o momento da tributação. "A Instrução Normativa visa acabar com qualquer brecha ou interpretação errada sobre a tributação dos ETFs", disse.
Para o diretor técnico da Apogeo Investimentos, Paulo Bittencourt, o atual momento permite uma maior modernização do mercado de capitais brasileiro e é importante que a Receita esteja atenta e preparada para definir as regras e a tributação no exato momento da criação do produto. "O investidor precisa saber as regras antes de entrar no investimento e não durante. É pior saber depois", disse Bittencourt, destacando ainda que a diversificação de produtos é positiva, principalmente no que se refere àqueles com foco no mercado internacional. "Ficamos muito tempo fechados só para produtos internos. Neste aspecto, é muito bom e permite que o pequeno investidor tenha conhecimento e facilidade para entrar neste mercado", disse.
A BM&FBovespa informou que a participação dos investidores institucionais no volume total de fundos de índices (ETFs) negociados na Bolsa chegou a 35,8% no mês de agosto. As instituições financeiras ficaram em segundo lugar, com 24,5%, enquanto a participação dos investidores estrangeiros ficou em 23,9%. Já as pessoas físicas ficaram com 12,8% da participação no volume total negociado. Empresas públicas e privadas somaram 3,1%.
Ainda segundo a BMFBovespa, no mês passado, as cotas de iShares Ibovespa Fundo de Índice foram as mais negociadas. O BOVA11, código usado nas operações, representou 89,8% do volume total movimentado pelos ETFs disponíveis na Bolsa.
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