O interventor do Banco Central (BC) no BVA, Eduardo Félix Bianchini, pediu prorrogação do prazo para elaborar o relatório e o balanço que mostrarão as reais condições da instituição financeira. O prazo original vencia nesta quarta-feira (19), exatos dois meses após o BC entrar no banco. Bianchini tem mais 60 dias para terminar o trabalho, mas, segundo fontes que acompanham o assunto, pretende finalizá-lo na segunda quinzena de janeiro.
O relatório é fundamental para que o próprio Banco Central e eventuais interessados no BVA saibam se o banco é viável e se poderá continuar funcionando. O jornal O Estado de S. Paulo apurou que há três potenciais compradores.
Um deles é o controlador do grupo Caoa, Carlos Alberto de Oliveira Andrade, que teria cerca de R$ 600 milhões presos no banco. Ele já levou aos controladores da instituição, ao BC e ao Fundo Garantidor de Créditos (FGC) um esboço de proposta pelo BVA. Mas a proposta definitiva só poderá ser apresentada após o levantamento completo dos números. Os outros dois interessados, até o momento, estariam apenas buscando informações sobre o banco.
Parte do trabalho de avaliação está sendo feita pela equipe liderada por Bianchini. Outra parte é coordenada pelo banco de investimentos BR Partners, contratado pelo FGC, que já pagou cerca de R$ 1 bilhão aos clientes do BVA e, com isso, se tornou o principal credor do banco.
A expectativa de pessoas envolvidas com o assunto é de que o trabalho do BR Partners esteja concluído até esta sexta-feira (21). Ainda segundo fontes próximas do processo, o BVA teria até agora um passivo a descoberto de cerca de R$ 1,5 bilhão. Esse número pode crescer ou diminuir.
Procurado, Bianchini preferiu não se pronunciar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo
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