Os economistas consultados pelo Banco Central na pesquisa Focus elevaram a previsão para a taxa Selic no fim de 2013 de 9,75% ao ano para 10% ao ano, na primeira pesquisa Focus após a divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom). Para o fim de 2014, a mediana das projeções subiu de 9,75% ao ano para 10,25% ao ano.
A taxa Selic está hoje em 9,50% ao ano e a expectativa agora é que suba para 10,00% ao ano na próxima reunião do Copom, nos dias 26 e 27 de novembro. Uma semana antes, as apostas eram de alta de 0,25 ponto porcentual nos juros. A projeção para Selic média em 2013 subiu de 8,34% para 8,38% ao ano. Estava em 8,34% há quatro semanas. Para 2014, a taxa média passou de 9,75% para 10,19% ao ano.
Nas estimativas do grupo dos analistas consultados que mais acertam as projeções, o chamado Top 5 da pesquisa Focus, a previsão para a Selic no fim de 2013 no cenário de médio prazo segue em 10,00% ao ano há sete semanas. Para 2014, segue em 10,50% ao ano. Há quatro semanas estava em 10,00% ao ano.
PIB
A previsão de crescimento da economia brasileira em 2013 subiu de 2,48% para 2,50% na pesquisa do BC. Para 2014, a estimativa de expansão continua em 2,20%. Há quatro semanas, as projeções eram, respectivamente, de 2,40% e 2,22%.
A projeção para o crescimento do setor industrial em 2013 subiu de 1,80% para 1,84%. Para 2014, economistas preveem avanço industrial de 2,50%, ante 2,39% da pesquisa anterior. Um mês antes, a Focus apontava estimativa de expansão de 2,10% para 2013 e de 2,50% em 2014 para o setor.
Os analistas elevaram a previsão para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB em 2013 de 34,50% para 34,55%. Há quatro semanas, estava em 34,70%. Para 2014, subiu de 34,25% para 34,55%. Há quatro semanas, estava em 34,80%.
Câmbio
A mediana das projeções para a taxa de câmbio no final de 2013 caiu de R$ 2,29 para R$ 2,25 nas estimativas dos analistas consultados. Há quatro semanas, a projeção era de R$ 2,33. Para o fim de 2014, a mediana segue em R$ 2,40 há sete semanas.
O mercado financeiro reduziu a previsão para a taxa média de câmbio em 2013 de R$ 2,17 para R$ 2,16. Para 2014, a projeção recuou de R$ 2,36 para R$ 2,34. Há um mês, a pesquisa apontava que a expectativa de dólar médio estava em R$ 2,19 neste ano e R$ 2,37 no próximo.
Para o fim de outubro, a estimativa recuou de R$ 2,25 para R$ 2,20. Para o fim de novembro, caiu de R$ 2,25 para R$ 2,23. A mediana das projeções para o câmbio dos analistas do Top 5 médio prazo para o fechamento de 2013 caiu de R$ 2,30 para R$ 2,29. Para 2014, segue em R$ 2,43.
IGP-DI
A projeção para o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) em 2013 subiu de 5,75% para 5,79%. Para o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), que corrige a maioria dos contratos de aluguel, a expectativa segue em 5,73%. Quatro semanas atrás, o mercado previa altas de 5,58% para o IGP-DI e de 5,20% para o IGP-M.
Para 2014, a projeção para o IGP-DI passou de 5,96% para 6,00%. Para o IGP-M, segue em 5,96%. Há quatro semanas as estimativas estavam em, respectivamente, 5,91% e 5,75% para os dois indicadores.
A pesquisa também mostrou que a previsão para o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) em 2013 subiu de 3,93% para 4,04%. Há um mês, a expectativa dos analistas era de alta de 4,25% para o índice que mede a inflação ao consumidor em São Paulo. Para 2014, a projeção segue em 5,27%. Há quatro semanas estava em 5,36%.
Economistas reduziram ainda a estimativa para o aumento do conjunto dos preços administrados - as tarifas públicas - para 2013 de 1,80% para 1,70%. Para 2014, a projeção segue em 4,00%. Há quatro semanas, as projeções eram de, respectivamente, 1,80% e 4,20%.
Déficit em conta
O mercado financeiro manteve a previsão de déficit em transações correntes em 2013. A pesquisa mostra que a mediana das expectativas de saldo negativo na conta corrente este ano está em US$ 79,00 bilhões. Há um mês, estava em US$ 78,00 bilhões. Para 2014, a previsão de déficit nas contas externas caiu de US$ 77,00 bilhões para US$ 74,40 bilhões. Há quatro semanas, estava em US$ 76,45 bilhões.
Na mesma pesquisa, economistas elevaram a estimativa de superávit comercial em 2013 de US$ 1,99 bilhão para US$ 2,00 bilhões. Quatro semanas antes, estava em US$ 2,00 bilhões. Para 2014, a projeção caiu de US$ 9,25 bilhões para 8,20 bilhão. Há quatro semanas, essa estimativa estava em US$ 10,00 bilhões.
A pesquisa mostrou ainda que as estimativas para o ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED), aquele voltado ao setor produtivo, foi mantida em US$ 60,00 bilhões para 2013 (está no mesmo valor há 45 semanas). Para 2014, também foi mantida em US$ 60,00 bilhões. Está no mesmo valor há 62 semanas.
http://www.estadao.com.br