O Chipre enfrenta o risco de uma saída desordenada da zona do euro, disse o presidente, Nicos Anastasiades, neste domingo, ao mesmo tempo em que pediu união dos partidos para a aprovação das pré-condições impostas pelos países da zona do euro e credores internacionais para a liberação de 10 bilhões de euros (US$ 13 bilhões) ao país. Ele prometeu que irá buscar melhores condições para o acordo, que prevê uma taxação sobre os depósitos. A votação do pacote pelo Parlamento foi adiada deste domingo para esta segunda-feira.
Em um apelo dramático feito em rede nacional, Anastasiades disse que o Chipre enfrenta seu momento mais difícil dos últimos 40 anos. "Se tivesse escolhido um calote desordenado, as consequências envolveriam o fim imediato de um banco e a suspensão das operações de um segundo banco, e teriam levado ao colapso de todo o sistema bancário", disse o presidente, que assumiu o poder há poucas semanas.
Em um dia cheio de negociações entre líderes políticos e do alto escalão do governo, autoridades do banco central, parlamentares e executivos de bancos, Anastasiades procurou assegurar um compromisso em relação ao novo imposto. Ele pediu o apoio político na votação parlamentar prevista para segunda-feira, observando que os termos do acordo podem ser modificados.
"Continuo a brigar para que as decisões do Eurogrupo sejam modificadas nas próximas horas, de modo que as consequências sejam atenuadas, particularmente para os pequenas poupadores", disse.
O acordo anunciado nas primeiras horas do sábado prevê uma taxa única sobre o dinheiro mantido em contas bancárias em Chipre. Trata-se da primeira que os depositantes fazem parte do resgate a um país da zona do euro. Contas com mais de 100 mil euros serão taxadas em 9,9%, enquanto os valores abaixo disso pagarão 6,75%. O imposto, que deve resultar numa arrecadação extra de 5,8 bilhões de euros, será cobrado uma única vez. As informações são da Dow Jones.
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