Os republicanos não vão aceitar elevação adicional de impostos nas negociações que estão por vir sobre orçamento e dívida, disse o líder dos republicanos no Senado, Mitch McConnell. As declarações colocam os legisladores republicanos em rota de colisão com os democratas e a Casa Branca antes da votação neste início de ano para elevar o limite de endividamento do governo.
"A questão de impostos está acabada. Isto já foi", disse ele, à rede ABC. "Agora é hora de mudar para questões reais, que é nosso vício em gastar".
Ele afirmou que os cortes de gastos deveriam mirar áreas como Seguridade Social, programas do governo como Medicare e Medicaid, nos quais os democratas têm sido relutantes em cortar.
Em oposição, o senador Dick Durbin, líder número dois dos democratas no Senado, disse que o Congresso deveria buscar mudanças nas regras tributárias para levantar receita adicional. "Há ainda deduções, créditos, tratamentos especiais sob o sistema tributário que deveriam ser analisados cuidadosamente", disse Durbin, à CNN. Ele citou que, entre outras coisas, está a possibilidade de contribuintes "deixar seu dinheiro" fora do país para não pagar impostos nos EUA.
A legislação assinada nesta semana para evitar o abismo fiscal inclui elevação na alíquota de imposto de renda para receitas elevadas.
"Não é necessário chegar a tal ponto", disse McConnell, em resposta à pergunta se ele estaria disposto a deixar o governo baixar as portas na votação do teto de endividamento. "Por que não estamos tentando fazer algo para reduzir gastos? Não precisamos usar este prazo", citou.
O Departamento de Tesouro disse que ficará sem espaço de manobra ao final de fevereiro para evitar atingir o teto de endividamento, embora a data final possa mudar.
Sobre segurança, McConnell disse que está adotando o posicionamento de "esperar para ver" sobre o seu ex-colega de Senado Chuck Hagel que pode ser o próximo secretário de Defesa. As informações são da Dow Jones.
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