(Lucas Prates)
Com as dificuldades enfrentadas pelo setor automotivo, o presidente da Anfavea, Luiz Moan, afirmou nesta terça (21), que acredita que a recuperação do setor acontecerá no segundo trimestre do próximo ano já que a crise é "absolutamente momentânea". Para este ano, Moan acredita que o segundo semestre será melhor ou igual ao primeiro semestre de 2015.
Sobre o ajuste fiscal em curso, Moan acredita que ele será "efetivado" até agosto e que isso é um bom sinal para que as empresas possam se programar. "Definido o ajuste, as empresas conhecerão a regra do jogo e compete a nós movimentar a economia". A Anfavea conta também com o aumento das exportações e esse é um movimento positivo para o setor e para a economia.
Segundo o presidente da Anfavea, não houve cancelamento de um centavo de investimento por parte do setor. "Vamos continuar investindo sem dúvida neste país e o PPE (Programa de Proteção ao Emprego) é fundamental", ressaltou o representante do setor automotivo. De acordo com ele, o principal fator para redução do nível de confiança do trabalhador é o medo de perder emprego e, com o PPE, esse medo é reduzido.
O presidente da Anfavea afirmou que o PPE é um programa "pró-ajuste fiscal" e algumas empresas já estão adiantando com representantes dos sindicatos a adesão ao PPE, mas todas estão aguardando regulamentação.
"Temos convicção de que há excedente de pessoal", ponderou ao ser questionado sobre a quantidade de trabalhadores que estarão no programa. De acordo com cálculos realizados por Moan, o setor tem cerca de 18 mil funcionários em lay-off ou em férias coletivas.
O presidente da associação afirmou que todas as empresas do setor terão os pré-requisitos para aderir ao PPE e fez questão de ressaltar que todos os outros programas de proteção ao emprego continuarão funcionando e que as empresas estudarão a melhor alternativa a ser adotada.