O setor público consolidado (governo central, governos regionais e empresas estatais), com exceção da Petrobras e Eletrobras, registrou superávit primário de R$ 104,951 bilhões em 2012, informou, nesta quarta-feira, o Banco Central. O resultado equivale a 2,38% do Produto interno Bruto (PIB). Em 2011, essa relação ficou em 3,11% do PIB.
A meta do ano era obter uma economia de R$ 139,8 bilhões, mas o governo poderá incluir nessa conta os investimentos feitos pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) que, conforme informou o Tesouro Nacional na terça-feira (29), somaram R$ 39,3 bilhões.
Segundo o BC, a maior parte do superávit primário foi gerada pelo governo federal, que encerrou o ano passado com saldo positivo de R$ 127,663 bilhões. O governo central contribuiu com R$ 86,086 bilhões e os governos regionais, com R$ 21,511 bilhões. Já as empresas estatais registraram um déficit de R$ 2,645 bilhões em 2012.
Ao longo de 2012, os governos estaduais registraram um superávit de R$ 18,776 bilhões e os municipais, de R$ 2,735 bilhões. Na terça-feira (29), o secretário do Tesouro, Arno Augustin, ressaltou que os governos regionais tinham registrado uma economia bem inferior à referência de R$ 42,8 bilhões para 2012.
Primário Consolidado
O superávit primário consolidado no acumulado de 2012 ficou abaixo do piso das estimativas coletadas pelo AE Projeções, tanto em valor quanto em proporção do PIB.
Segundo o levantamento do serviço especializado da Agência Estado, as expectativas eram de um saldo positivo de R$ 107,100 bilhões a R$ 117,400 bilhões em todo o ano passado, com mediana de R$ 110,350 bilhões. Já na pesquisa que leva em conta o intervalo referente à proporção do PIB, as estimativas eram de uma mínima de 2,40% e uma máxima de 2,70%, com mediana de 2,50%.
Em relação apenas ao mês de dezembro, o superávit primário do setor público consolidado, de R$ 22,252 bilhões, ficou dentro do intervalo previsto por economistas do mercado financeiro ouvidos pelo AE Projeções (de R$ 21,00 bilhões a R$ 34,7 bilhões), mas abaixo da mediana projetada, de R$ 26,750 bilhões.
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