Sketch aposta no sistema de franquia para expandir lojas no país

O momento de desaceleração do consumo, impulsionado pela queda no poder de compra das famílias, tem levado diversos setores do varejo a amargar retração nas vendas. No entanto, em segmentos como o de vestuário, há empresas com planos para dobrar de tamanho. A marca Sketch, por exemplo, pretende abrir, apenas em 2015, mais 30 franquias, sendo cinco em Minas Gerais.   Hoje, o Estado já conta com 38 unidades da marca mas, na avaliação da empresa, há um mercado potencial para, no mínimo, 75 unidades. A última franquia aberta em território mineiro foi na cidade de Itaúna, devido à sua localização estratégica, no Quadrilátero Ferrífero.   O diretor de expansão da Sketch, Fábio Longo, explica que a empresa tem 600 cidades mapeadas e a expectativa é terminar o ano com 80 lojas em funcionamento no país. “O varejo é muito diferente da indústria, onde você faz planejamento para crescer a curto, médio e longo prazo. No ano passado, nossa expectativa era de abrir dez unidades e inauguramos treze. Em 2015, a meta era abrir 20 e estamos caminhando para 40. O mercado é que dita o quanto vamos expandir. Estamos dobrando a meta em um ano de crise”.   Distribuição   Para abastecer todas as franquias em funcionamento, a Sketch vai mudar o centro de distribuição para um local duas vezes maior. O investimento na fábrica será de, aproximadamente, R$ 15 milhões. “Em toda a rede já são cerca de 500 funcionários e, como temos nossa própria fábrica, conseguimos absorver mais os impactos da inflação, algo que seria mais difícil se a fabricação fosse terceirizada”, explica Longo.   O posicionamento da marca dentro do nicho da moda masculina também é apontado como um diferencial que contribui para o crescimento. “Se fôssemos colocar em uma pirâmide, na parte de cima temos as grandes marcas que concorrem com produtos importados e são suscetíveis ao dólar. Na parte de baixo, as marcas populares que competem com os produtos chineses. A Sketch está entre essas duas posições. Somos um produto B e percebemos um mercado gigante pela frente”, analisa o diretor de expansão.