Superávit do Governo Central recua 28,8% em junho

Célia Froufe e Adriana Fernandes
31/07/2012 às 10:15.
Atualizado em 21/11/2021 às 23:58

O Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) apresentou superávit primário de R$ 1,272 bilhão em junho, conforme dados divulgados na manhã desta terça-feira pelo Tesouro Nacional. O montante equivale a uma queda de 28,8% em relação ao resultado de maio, quando o superávit foi de R$ 1,788 bilhão. O saldo também é 87,97% menor do que o de junho do ano passado, quando somou R$ 10,580 bilhões.

O valor de junho ficou abaixo do intervalo das estimativas de economistas de 13 instituições financeiras consultados pelo AE Projeções, que iam de R$ 1,750 bilhão a R$ 10,500 bilhões, com mediana de R$ 3,6 bilhões.

No primeiro semestre do ano, o Governo Central acumula superávit de R$ 48,085 bilhões, uma baixa de 14,1% em relação à primeira metade de 2011, quando o saldo ficou positivo em R$ 55,993 bilhões. Com a atualização dos números hoje, o superávit primário no ano até agora representa 2,24% do Produto Interno Bruto (PIB). A meta para este ano é de R$ 96,97 bilhões.

Esse recuo é explicado pelo fato de as despesas das contas do governo central crescerem em velocidade bem maior que as receitas. Segundo os dados do Tesouro Nacional, enquanto as despesas no primeiro semestre tiveram alta de 12,5%, as receitas totais cresceram 8,7%.

O esforço fiscal no primeiro semestre do ano é R$ 7,9 bilhões menor que no mesmo período do ano passado. As receitas totais do primeiro semestre somaram R$ 521,753 bilhões e as despesas, R$ 379,504 bilhões.

O Tesouro Nacional apresentou superávit primário de R$ 4,109 bilhões em junho, o que representa queda de 7,6% na comparação com maio, quando o superávit atingiu R$ 4,449 bilhões. No acumulado do ano até junho, o Tesouro teve saldo positivo de R$ 68,933 bilhões, redução de 9,2% ante o primeiro semestre de 2011, quando o resultado somou R$ 75,893 bilhões.

Já a Previdência Social teve déficit primário de R$ 2,757 bilhões no mês passado, volume 7,2% maior do que o verificado em maio (-R$ 2,573 bilhões). Na primeira metade de 2012, o rombo da Previdência já é de R$ 20,559 bilhões, uma alta de 5,3% em relação a igual período do ano passado, quando o déficit foi de R$ 19,526 bilhões.

Em relação ao Banco Central, o déficit primário ficou R$ 79,7 milhões em junho - queda de 9,8% ante o saldo negativo de R$ 88,4 milhões visto em maio. De janeiro a junho deste ano, o déficit do BC acumula saldo de R$ 289 milhões, com recuo de 22,6% na comparação com o primeiro semestre de 2011, quando o saldo foi negativo em R$ 373 milhões.
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