SÃO PAULO - A taxa média de juros do cheque especial registrou alta de 0,07 ponto percentual no início deste mês, na comparação com outubro, passando de 8,18% para 8,25%, conforme dados divulgados nesta segunda-feira (11) pelo Procon-SP. Esse patamar equivale a uma taxa de 158,78% ao ano.
A pesquisa, que leva em conta as taxas praticas pelos maiores bancos do país - Banco do Brasil, Bradesco, Caixa, HSBC, Itaú, Safra e Santander -, mostrou que a taxa mais alta na modalidade cheque especial em novembro foi praticada pelo Santander, 10,59% ao mês. A menor taxa foi verificada na Caixa, de 4,41% ao mês.
Das sete instituições financeiras pesquisadas, houve alta na passagem mensal em quatro delas: Banco do Brasil (de 6,07% para 6,18%); Bradesco (de 8,90% para 8,94%); HSBC (de 9,90% para 9,95%); e Safra (de 8,25% para 8,90%).
Apenas o Itaú cortou sua taxa (de 9,13% para 8,75%). Caixa e Santander não fizeram alterações.
Empréstimo pessoal
No empréstimo pessoal, a taxa média de novembro ficou praticamente estável, com alta de 0,01 ponto percentual, passando de 5,27% para 5,28% ao mês, ou 85,42% ao ano.
A maior taxa foi do Bradesco, de 6,31% ao mês, e a menor, da Caixa, de 3,51%.
Ao contrário do que ocorreu com as taxas do cheque especial, no empréstimo pessoal apenas um banco fez alteração nos juros. O Bradesco aumentou sua taxa em 0,04 ponto percentual, passando de 6,27% para 6,31%.
Outro lado
Procurado, o Santander disse que sua taxa do cheque especial "é adequada às condições diferenciadas do produto. O Santander Master é o único que oferece aos clientes dez dias sem juros. Aqueles que não conseguirem quitar sua dívida neste período ainda podem parcelar o saldo devedor por metade da taxa."
O Banco do Brasil disse que "o ajuste realizado na taxa de juros do cheque especial para pessoas físicas reflete o aumento do custo de captação, mantendo o propósito do BB de avaliar permanentemente os fundamentos do mercado para estabelecer sua política de preços de seus produtos."
O Bradesco não quis comentar e os demais bancos não responderam.
Fim de ano
O percentual de consumidores dispostos a usar o 13º salário para compras de fim de ano caiu 12,50%, em relação ao ano passado, de acordo com dados divulgados pela Anefac (associação dos executivos de finanças).
A queda revela que o brasileiro está mais preocupado em usar o 13º salário para o pagamento de dívidas. A Anefac indica que 62% dos consumidores pretendem usar o recurso extra para pagar dívidas já contraídas, aumento de 1,64% em relação a 2012.
Ainda de acordo com a associação, 77% dos consumidores têm dívidas no cartão de crédito e no cheque especial e pretendem regularizar sua situação.