Telefonia celular está cada vez pior e reclamações contra empresas do setor crescem 19%

Franciele Xavier - Hoje em Dia
26/09/2013 às 06:42.
Atualizado em 20/11/2021 às 12:46

As reclamações sobre os serviços de telefonia móvel em Minas Gerais junto à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) atingiram a marca de 155 mil de janeiro a setembro deste ano. A média mensal de 17.200 reclamações é 18,6% superior ao apurado em 2012, quando foram registradas 174 mil reclamações durante todo o ano, com média mensal de 14.500 registros.

A informação foi divulgada ontem pelo gerente- geral da Anatel no Estado, Hermann Bergmann, durante reunião ordinária da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Telefonia da Assembleia. Cerca de 43% das reclamações recebidas em 2013 referem-se a insatisfações dos consumidores com supostos erros em cobranças de faturas das operadoras. Outros problemas apontados foram a má qualidade da rede 3G e falhas no completamento de chamadas.

Apesar de a Anatel afirmar que todas as reclamações são auditadas e que, em Minas Gerais, a agência possui acordo de cooperação técnica com o Procon Estadual para fiscalização sistemática, os parlamentares membros da CPI cobraram uma posição mais rígida da agência em relação à qualidade dos serviços prestados.

“Em 2012 tivemos milhares de queixas e a Anatel não resolveu nenhuma. Os consumidores são mal atendidos nas lojas, não recebem contratos específicos dos planos e não sabem dos serviços aos quais têm direito”, afirmou o deputado Sargento Rodrigues.

Um dos pontos mais discutidos na reunião foi a possibilidade de melhoria do serviço 3G oferecido no Estado. Atualmente, 629 dos 853 municípios de Minas Gerais têm cobertura de internet móvel. No entanto, apesar de 92,2% terem acesso aos serviços de dados das operadoras, a qualidade não é satisfatória, segundo os deputados.


Anatel elege três prioridades na fiscalização

O gerente-geral da Anatel em Minas, Hermann Bergmann, afirmou que a telefonia móvel, ao contrário da fixa, uma concessão pública, é um regime privado e, por isso, a agência não pode exigir a universalização dos serviços.

No entanto, garantiu que vai priorizar três pontos do Plano Nacional de Melhoria nas fiscalizações em Minas Gerais: completamento e queda de chamadas, interrupção de serviços e reclamações de usuários. “Temos plenas condições de aferir esses indicadores”, disse.


Outro lado

A TIM informou que apresenta uma evolução positiva nos indicadores de avaliação de serviço de voz e que os indicadores de 3G também registraram “excelente” performance em Minas, onde a operadora investirá R$ 110 milhões em infraestrutura de 2013 a 2015. Já a Claro afirmou que está empenhada em expandir a cobertura e que, no primeiro semestre deste ano, oito municípios mineiros receberam sua rede 3G. A Vivo disse investir sempre para oferecer o melhor aos seus 8,1 milhões de clientes em Minas. Por fim, a Oi informou que, em 2013, o investimento será de R$ 670 milhões e que estuda constantemente a expansão dos serviços.

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