Temer diz que é preciso dar mais eficiência ao dinheiro público

Estadão Conteúdo
09/11/2017 às 22:21.
Atualizado em 02/11/2021 às 23:37

O presidente Michel Temer concedeu nesta noite de quinta-feira, 9, uma entrevista ao vivo para a Voz do Brasil, programa estatal da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), que destaca as ações do governo, e fez mais uma vez a defesa da reforma da Previdência. Segundo o presidente, que se disse "otimista", a reforma dará mais eficiência ao dinheiro público.

"O Brasil voltou e agora é hora de olhar pra frente e dar mais eficiência ao dinheiro que você paga impostos. Por isso a gente precisa fazer, por exemplo, a reforma da Previdência", disse. Segundo o presidente, o objetivo do governo e fazer uma reforma "que garanta direitos de quem mais precisa" e combata privilégios de quem ganha acima de R$ 20 mil. "Portanto, quem ganha até dois salários mínimos não vai ter prejuízo nenhum", disse. "Por isso que precisamos e estamos buscando o empenho de todos, do Congresso Nacional, da sociedade, para fazer reforma justa que promova o desenvolvimento do Brasil nos próximos anos", completou.

Temer aproveitou o programa também para destacar o lançamento do Programa Avançar, que teve uma cerimônia nesta tarde no Palácio do Planalto. O pacote tem previsão de investimentos de R$ 130,97 bilhões entre 2017 e 2018, sendo recursos da União, estatais e financiamentos de bancos públicos. "Fizemos um raio X de inúmeras obras que estavam paradas no Brasil", afirmou.

O presidente disse ainda que o governo vai ampliar aeroportos, recuperar mais de 50 mil quilômetros de estradas e prevê finalizar várias obras em ferrovias, hidrovias e portos para ajudar o escoamento da produção e ajudar a retomada do crescimento.

Ele destacou ainda que o programa vai construir mais 400 creches por todo o Brasil. "Nós temos a meta de entregar essas 7 mil obras até o final de 2018", disse. "Com o Avançar vamos encher os canteiros de obras com muitos trabalhadores", completou.

Num formato de programa que contou a perguntas selecionadas de ouvintes, o presidente foi instigado a comentar também outras medidas como a liberação para o saque das contas inativas do FGTS e a antecipação do calendário do PIS/Pasep. Ele destacou que as duas medidas ajudaram a estimular a economia.

Temer destacou os dados do Caged e disse que "de seis meses para cá nós só temos geração de emprego no país". O presidente comentou ainda que em breve o governo fará o lançamento da carteira de trabalho digital. Essa é uma das tentativas de agenda positiva do presidente para os próximos meses e Temer prepara uma cerimônia para destacar a medida. Na prática, trata-se de um aplicativo desenvolvido pela Dataprev e disponível para celulares e dispositivos móveis com os mesmos dados da carteira de trabalho. A base de dados ficará disponível para consulta. Atualmente, o documento é físico, embora a emissão saia na hora, porque os dados foram digitalizados ainda no governo Dilma Rousseff.

No programa, o presidente ressaltou a aprovação da reforma trabalhista, que entra em vigor no próximo dia 11, e disse que "daqui pra frente a economia vai continuar crescendo e vamos colher os frutos da nova lei trabalhista". "A nova lei não vai tirar nenhum direito", disse, respondendo a uma pergunta de ouvinte.

Em uma das comparações com o governo petista da sua antecessora Dilma Rousseff Temer destacou que o seu governo fez mais do que os antecessores em relação a regularização fundiária. "Até setembro, garantimos 114,7 mil títulos para famílias que há muitos anos esperavam a regularização. Nos últimos 13 anos, a média era de 30 mil títulos por ano", disse. "Nosso objetivo é fazer muito mais do que foi feito nos 13 anos anteriores."

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