Nas viagens esporádicas, feitas com propósito de lazer, negócios ou visita a parentes, o peso dos gastos com transporte é muito maior para quem ganha menos. Já as famílias de baixa renda destinam 70% das despesas com essas viagens para o item transporte. A maioria dos gastos em viagens esporádicas (37,9%) foi feita em deslocamentos por motivo de lazer.
Os dados são da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2008-2009, numa análise inédita divulgada nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). "Há um interesse muito grande na conta de turismo", afirmou Edilson Nascimento da Silva, gerente da POF, explicando a demanda por esse tipo de análise.
Segundo a análise, para famílias com renda acima de R$ 3.015,00 ao mês, o transporte pesa 43,4% nas despesas com viagens esporádicas. Já os itens hospedagem e alimentação pesam 13,9% e 21,8%, respectivamente. Nessa faixa de renda, o gasto médio mensal com essas viagens é de R$ 147,63.
Já para as famílias com renda de até R$ 910,00, o transporte pesa 69,6% nas despesas com viagens, enquanto a despesa com alimentação responde por 22,9%, acima do peso para os mais ricos. A grande diferença está no gasto com hospedagem, que responde por apenas 4,7% dos gastos nas famílias mais pobres. O gasto médio com viagens nessa faixa de renda é de R$ 8,46 ao mês.
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