Três dos 8 grupos do IPC têm taxas maiores, diz FGV

Três das oito classes de despesa componentes do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), no âmbito do IGP-10, registraram acréscimo em suas taxas de variação, informou nesta segunda-feira a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O grupo Transportes inverteu o sinal e saiu de -0,44% em agosto para 0,07% em setembro. Habitação acelerou de 0,15% para 0,35% no mesmo período, enquanto Vestuário apresentou taxa negativa mais branda ao passar de -0,78% para -0,36%.

De acordo com a FGV, as maiores contribuições para a aceleração do IPC entre agosto e setembro (de 0,29% para 0,42%) dentro de cada um desses três grupos vieram, respectivamente, dos itens automóvel novo (-0,69% para 0,52%), aluguel residencial (0,25% para 0,42%) e roupas (-1,03% para -0,63%).

Por outro lado, houve desaceleração de preços nos grupos Despesas Diversas (0,42% para 0,11%), Educação, Leitura e Recreação (0,54% para 0,42%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,39% para 0,33%), Comunicação (0,26% para 0,13%) e Alimentação (1,11% para 1,09%).

Em cada uma dessas classes de despesa, as maiores influências foram, respectivamente, dos itens serviço religioso e funerário (2,14% para 0,84%), salas de espetáculo (2,42% para 1,65%), medicamentos em geral (0,21% para -0,03%), tarifa de telefone residencial (0,77% para 0,00%) e hortaliças e legumes (17,93% para 5,05%).

Individualmente, os cinco itens que mais exerceram pressão de alta no IPC divulgado Nesa segunda-feira, ante o de agosto, foram batata inglesa (-9,14% para 20,38%), alimentos preparados e congelados de aves (1,75% para 6,42%), tomate (59,56% para 5,67%), plano e seguro de saúde (0,58% para 0,62%) e taxa de água e esgoto residencial (0,52% para 1,08%).

No sentido contrário, as pressões de baixa vieram de tarifa de eletricidade residencial (-0,44% para -0,37%), feijão carioca (-7,98% para -7,23%), alface (2,06% para -5,32%), perfume (0,32% para -0,89%) e agasalho masculino (-1,33% para -9,69%).
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