O presidente da Federação Nacional dos Estivadores, Wilton Ferreira Barreto, afirmou que diversos portos brasileiros devem aderir a paralisação como forma de pressionar o Congresso e o governo para incluir a questão trabalhista na votação da Medida Provisória 595, a MP dos Portos. "Já temos três portos paralisados: Santos, Paranaguá e Rio. Logo mais o de Belém vai parar e, até as 19 horas, o de Manaus também vai paralisar", afirmou.
Segundo Barreto, a federação está em contato no momento com o porto de Pernambuco, que também deve aderir a greve. "Vai parar de forma crescente", afirmou, ressaltando que o fim do movimento só será avaliado 'depois da votação' da MP, que está prevista para acontecer ainda nesta terça-feira, 14.
De acordo com o deputado federal e presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, que está no Congresso acompanhando a votação, até as 19 horas pelo menos seis ou sete portos interromperão as atividades. "Estamos em contato com eles", disse.
Santos
A Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), que administra o porto de Santos, destacou que não recebeu nenhum comunicado oficial de greve e tem apenas a informação de alguns terminais parados. Segundo o Órgão Gestor de Mão de Obra (Ogmos), a escala da tarde desta terça-feira ocorreu 'normalmente' com apenas alguns terminais parados. O Porto de Santos conta com um total de 6.408 trabalhadores. Deste total, 3.292 são estivadores -- 2.285 estão disponíveis e 1.007 estão inativos, segundo dados do Ogmos.
A Codesp informou, por meio de sua assessoria, que de acordo com último balanço, recebido por volta das 17h20, havia oito navios parados e sete, por serem mecanizados, estavam operando normalmente. Segundo a companhia, dos 43 navios atracados no momento, cerca de 40 são de operações comerciais e outros de manutenção. Em relação as operações dos demais navios, a assessoria disse que 'não tinha informações'.
O porto de Santos é o maior da América Latina e o terminal de Paranaguá é um dos mais importantes para as exportações de grãos do país. Segundo a Federação Nacional dos Estivadores, atualmente, existem cerca de 43 mil estivadores em todo o País. A entidade, no entanto, não precisou o número de trabalhadores que pode parar.
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