Um tribunal de apelação federal nos EUA reabriu um processo conduzido por acionistas contra a BP Alaska. A decisão foi tomada por um painel de três juízes do Tribunal de Apelação do 9º Circuito.
Os juízes afirmaram que os acionistas adequadamente questionaram a legalidade de algumas declarações feitas pela BP após dois derramamentos de petróleo no Norte Slope em 2006. Uma declaração em um relatório da empresa também foi questionado.
Os acionistas processaram a empresa em 2008, alegando que a diretoria emitiu declarações falsas sobre a condição dos oleodutos e o programa de manutenção e detecção de vazamentos. O processo alega que a BP foi no mínimo imprudente ao emitir tais declarações.
O processo também alega que o preço da ação da empresa caiu 4% após o segundo derramamento de petróleo, cinco meses depois. A Associated Press deixou mensagens procurando os advogados representando os dois lados no caso. O porta-voz da BP Dawn Patience disse em declaração por e-mail que a empresa não teve a oportunidade de estudar a decisão, então "não seria apropriado comentar".
O tribunal analisou particularmente declarações dadas por Maureen L. Johnson, vice-presidente sênior da BP Alaska, que liderou a comunicação com a mídia. Johnson assegurou que a taxa de corrosão era baixa e gerenciável. No entanto, o tribunal alertou que a revelação de que a BP ignorou alertas vermelhos seria prejudicial para a petroleira e para Johnson.
"Se alguém sabia do falho programa de monitoramento e da probabilidade de falhas no sistema de oleoduto, Johnson sabia", escreveu o tribunal. As tentativas de localizar Johnson não foram bem sucedidas. Fonte: Associated Press.
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