As economias de Portugal e Espanha terão contração maior do que a prevista anteriormente neste ano, afirmou a Comissão Europeia em seu relatório de projeções econômicas divulgado nesta sexta-feira. Por outro lado, o braço executivo da União Europeia reduziu a estimativa de queda na produção econômica da Grécia e manteve a previsão de recuperação da economia da Irlanda.
Segundo a Comissão, o Produto Interno Bruto (PIB) de Portugal - um dos países da zona do euro que pediram ajuda financeira internacional - vai cair 2,3% neste ano, mais do que a previsão anterior de declínio de 1,9%. Para 2014 a estimativa é de crescimento de 0,6%, menos do que a expansão de 0,8% calculada antes. Embora o país tenha excedido sua meta de déficit em 2012, a UE prevê que o rombo no orçamento diminuirá para 5,5% do PIB neste ano e 4,0% em 2014.
A Espanha, que também é um país considerado periférico da zona do euro, deverá ter contração de 1,5% neste ano e expansão de 0,9% em 2014. No relatório anterior da UE as previsões eram de queda de 1,4% na produção econômica em 2013 e recuperação de 0,8% no próximo ano. Com relação ao déficit, excluindo recapitalização de bancos, a estimativa é de 6,5% do PIB neste ano, com aumento para 7,0% em 2014.
Um ponto positivo no relatório da Comissão Europeia foi a Grécia, o primeiro país da zona do euro a pedir ajuda financeira internacional. A previsão para a contração do PIB grego neste ano foi reduzida para 4,2%, de 4,4% como calculado antes, e em 2014 a economia do país deve crescer 0,6%. A UE também prevê que o déficit da Grécia será de 3,8% do PIB neste ano e diminuirá para 2,6% em 2014.
Outro país que também pediu resgate internacional, a Irlanda, terá recuperação na economia neste ano e no próximo, embora ainda dependente da demanda incerta por suas exportações. A estimativa da UE para o PIB irlandês foi mantida em expansão de 1,1% em 2013 e de 2,2% em 2014. O desemprego continuará alto, em 14,2% neste ano, mas diminuirá para 13,7% no próximo, e as metas de déficit orçamentário serão cumpridas nos dois anos. As informações são da Dow Jones e da Market News International.
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