As altas de preços que fazem com que a inflação se mantenha nesse novo patamar são as dos serviços e dos produtos agrícolas, além da forte indexação que persiste na economia brasileira, avalia o sócio da RC Consultores, o economista Fabio Silveira.
"A diferença é que as pressões dos preços dos serviços e dos produtos agrícolas são transitórias, mas a indexação é estrutural", afirma. Segundo ele, o choque agrícola que fez os preços dos alimentos disparar no ano passado não deve se repetir neste ano, o que na sua avaliação pode dar um alívio à inflação a partir do segundo semestre.
Para o primeiro trimestre, Silveira projeta uma inflação mensal de 0,50%, que deve recuar para 0,45% no segundo trimestre, 0,40% no terceiro trimestre e 0,35% no último trimestre. Para o ano, ele prevê que o IPCA suba 5,2%.
Quanto à alta dos preços dos serviços, Silveira acredita que, atraídos pelo mercado favorável, os investimentos nesse setor devem ampliar a competição e promover um ajuste de preços para baixo. Já o ponto crucial, na opinião do economista, é a indexação, que não se trata de um movimento conjuntural e por isso deve persistir. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo
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