Restando exatamente um ano para o início da Copa do Mundo, um dos principais motivos para reforma dos aeroportos, e com mais de um ano de atraso, a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) e o consórcio Urbtopo Engenharia/EPC chegaram na última quarta-feira (12) a um acordo financeiro para a construção do terminal 3 do Aeroporto Internacional Tancredo Neves (AITN), em Confins.
Apelidado de puxadinho, o terminal terá capacidade para 3,9 milhões de passageiros ao ano e vai custar aos cofres públicos R$ 22,325 milhões.
Após três tentativas frustradas de licitação, a Infraero procederá com a contratação direta do consórcio vencedor. As negociações caminhavam para uma menor proposta do grupo de empresas formado por Damiani/Espaço/STCP, de R$ 27,259 milhões. A Infraero pediu um desconto de 19% e o consórcio decidiu abandonar o certame.
A Urbtopo/EPC, que havia feito lance de R$ 27,800 milhões, fez contraproposta de R$ 24 milhões e, posteriormente, abaixou o valor para R$ 22,325 milhões, cifra pretendida pela estatal que administra os aeroportos.
Com os números dentro do que planejou a Infraero, o consórcio foi declarado vencedor do certame. A assinatura do contrato ainda depende de análise das garantias apresentadas pela empresa. O gerente de orçamento da Urbtopo, Márcio de Andrade, se limitou a informar que a obra deverá ter duração de nove meses e ser iniciada imediatamente.
Questionado sobre como a empresa conseguiu reduzir o valor da proposta em R$ 5,475 milhões (de R$ 27,8 milhões para 22,3 milhões) ele disse estar muito atarefado para conceder entrevista.
O projeto do terminal 3 sofreu alterações e diminuiu de tamanho após as licitações fracassadas. Projetado para 5,8 milhões de passageiros ao ano, ele terá agora capacidade para 3,9 milhões. O terminal também é tratado como provisório, uma vez que após a concessão de Confins à iniciativa privada, prevista para ocorrer em outubro, o novo gestor do aeroporto poderá demolir o terminal para expandir as instalações do AITN conforme o projeto original ampliação.
Isso ocorreu, por exemplo, no aeroporto de Brasília após a concessão. A assessoria de imprensa da Infraero sustentou que não haverá desperdício de dinheiro público em caso de demolição porque no contrato de concessão a iniciativa privada pagará por todos os equipamentos e ativos do terminal.