A valorização do dólar em relação o real influenciou o aumento de preços de 4,53% na indústria de transformação no acumulado de 2012 até junho, segundo análise do coordenador do Índice de Preços ao Produtor (IPP) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Alexandre Brandão. Soma-se a isto a influência da queda de preços dos derivados de soja no Brasil.
O grupo de alimentos, que acumula alta de 8,82% no ano até o mês passado, está com variação de preços superior à média da indústria de transformação. Além de alimentos, são destaques o comportamento dos preços de fumo (15,95%), papel e celulose (9,57%), alimentos e outros equipamentos de transporte (7,34%). Nestes casos, a inflação está diretamente relacionada ao câmbio, já que os custos desses setores são influenciados pela cotação de matérias-primas no mercado internacional.
Em contrapartida, o IBGE ressalta um grupo de atividades cujos preços cresceram menos do que a média do mercado, no acumulado de 2012. São eles veículos automotores (0,57%) e refino de petróleo e produtos de álcool (2,31%). O setor de impressão chegou a apresentar queda de 1,22%.
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