Vendas a prazo e à vista arrefecem no mês, apura ACSP

Equipe AE
16/07/2012 às 19:42.
Atualizado em 21/11/2021 às 23:36

O Indicador de Movimento de Comércio (IMC), que acompanha as vendas a prazo, teve queda de 6,5% na 1ª quinzena de julho (com um dia útil a menos) em comparação com igual período do ano passado. Na mesma base de comparação, o Indicador de Consultas de Cheque (ICH), que acompanha as vendas à vista, teve um recuo de 6,6%. As informações são da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), que se baseia numa amostra de dados de clientes da empresa Boa Vista Serviços, que administra o Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC).

Os dados, quando ajustados pela média diária, apresentam alta de 1,3% e 1,2%, respectivamente, no IMC e no ICH, mostrando um ritmo lento de crescimento das vendas no varejo.

Segundo a entidade, o arrefecimento é reflexo, no caso da venda de bens duráveis (móveis e eletrodomésticos), da antecipação de compras que ocorreu em junho, quando o consumidor temia o fim do IPI reduzido para a linha branca e móveis. No caso do ICH, que reflete mais as vendas de roupas e calçados, as temperaturas mais altas no começo de julho prejudicaram as vendas da moda outono-inverno.

O IMC registrou queda de 7,2% na primeira quinzena de julho, comparado com a primeira quinzena de junho. No caso do ICH, a queda foi de 19,8%, no mesmo período, mas, conforme a ACSP, teve um caráter sazonal, visto que a comparação foi feita com o Dia dos Namorados e ampliada pelo clima frio do início de junho.

Inadimplência cresce

De acordo com a ACSP, o Indicador de Registro de Inadimplentes (IRI), referente a registros recebidos/carnês em atraso, apresentou alta de 9,4% na 1ª quinzena de julho ante igual período de 2011 (com um dia útil a menos). Já o Indicador de Recuperação de Crédito (IRC) - que acompanha registros cancelados/renegociações de crédito - apresentou alta menor, de 5,1%, no mesmo comparativo.

A entidade informou que os indicadores sinalizam uma ligeira alta na inadimplência em relação ao mesmo intervalo de 2011, mas não podem ser projetados para o mês de julho, visto que continuam as campanhas de renegociação de dívidas.
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