As vendas do comércio varejista restrito caíram 1,1% em julho ante junho, na série com ajuste sazonal, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou abaixo do piso do intervalo das estimativas dos analistas, que esperavam desde uma queda de 0,60% até uma alta de 1,30%, com mediana positiva de 0,50%. A queda também é a mais intensa desde outubro de 2008, quando também registrou recuo de 1,1% na margem.
Já na comparação com julho do ano passado, sem ajuste sazonal, as vendas do varejo tiveram queda de 0,9% em julho deste ano. Nesse confronto, as projeções variavam entre recuo de 1,00% e avanço de 2,70%, com mediana em alta de 1,60%. Até julho, as vendas do varejo restrito acumulam altas de 3,5% no ano e de 4,3% nos últimos 12 meses.
Quanto ao varejo ampliado, que inclui as atividades de material de construção e de veículos, as vendas subiram 0,8% em julho ante junho, na série com ajuste sazonal. O resultado veio dentro do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, que esperavam desde queda de 2,10% até alta de 2,30%, mas abaixo da mediana estimada, positiva em 1,15%.
Na comparação com julho do ano passado, sem ajuste, as vendas do varejo ampliado tiveram queda de 4,9% em julho deste ano. Nesse confronto, as projeções variavam entre queda de 7,40% até recuo de 2,80%, com mediana negativa de 4,25%. Até julho, as vendas do comércio varejista ampliado acumulam queda de 0,6% no ano, mas alta de 1,1% nos últimos 12 meses.
O índice de média móvel trimestral do varejo restrito caiu 0,6% no trimestre encerrado em julho. No varejo ampliado, que inclui as atividades de veículos e material de construção, o índice de média móvel trimestral das vendas caiu 1,1% no trimestre encerrado em julho.
O IBGE revisou as vendas do varejo restrito em maio ante abril, de +0,3% para estabilidade (0,0%). Em abril ante março, o resultado também foi revisado, de -0,3% para -0,4%. No varejo ampliado, foi revisado o resultado de junho ante maio, de -3,6% para -3,4%. Segundo o IBGE, a queda nas vendas de veículos neste período, apurada inicialmente em -12,9%, passou a uma taxa de -7,0%. Venda de eletrodomésticos caiu 4,1% em julho A queda de 1,1% nas vendas do varejo em julho ante junho foi puxada por resultados ruins em quatro dos oito segmentos pesquisados, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O recuo mais intenso foi observado em móveis e eletrodomésticos, que tiveram vendas 4,1% menores. Trata-se da segunda taxa negativa consecutiva, já que o setor havia registrado retração de 4,0% nas vendas em junho ante maio. Além disso, o setor de hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo teve retração de 1,3% nas vendas em julho ante julho. O setor vinha de uma alta de 0,5% na comparação de junho com maio. Também tiveram retração nas vendas em julho ante junho os setores de tecidos, vestuário e calçados (-0,1%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,4%), ambos a segunda taxa negativa seguida. No sentido contrário, registraram alta nas vendas em julho ante junho combustíveis e lubrificantes (+0,8%), equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (+0,9%) e livros, jornais, revistas e papelaria (+2,1%), todos se recuperando de um recuo no mês anterior. O segmento de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria apresentou estabilidade nas vendas na passagem de junho para julho.
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