Análise divulgada nesta quinta-feira (7), pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), mostra que o volume de crédito do sistema financeiro brasileiro cresceu 539,7% em dez anos, passando de 26,1% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2004 para 55,3% em 2014. Mas, para a Anefac, o estoque de empréstimos no País ainda é baixo.
"Não obstante esta expansão, é fato que o volume total do crédito do País ainda é baixo quando comparado às principais economias, onde este número atinge mais de 100% do PIB. Isso demonstra que temos ainda um ambiente favorável à expansão de crédito", disse o diretor executivo de Pesquisas e Estudos Econômicos da Anefac, Miguel José Ribeiro de Oliveira.
De acordo com o levantamento da associação, o volume total de crédito (incluindo recursos livres e direcionados) atingiu em junho a marca de R$ 2,83 trilhões, contra R$ 442,38 bilhões em junho de 2004. No período, a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi de 72,8%.
Neste período de dez anos, segundo ele, além da forte expansão no volume de crédito concedido, houve redução das taxas de juros, redução dos spreads bancários, aumento dos prazos médios de financiamento e redução da inadimplência.
"Entretanto, taxas e spreads se encontram em patamares elevados, o que abre margem para que continuem sendo reduzidos ou pela redução da taxa básica de juros (Selic) ou por uma maior competição no sistema financeiro ou ainda por eventuais medidas a serem tomadas pelo governo, como redução de impostos e compulsórios, além da queda dos índices de inadimplência", finalizou Oliveira.
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