Edição especial resgata mito da primeiras harleys

Sérgio Melo - Especial para Auto Papo
13/06/2015 às 09:32.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:28
 (Sérgio Melo)

(Sérgio Melo)

Andar, qualquer moto anda! Mas entregar o sonho de liberdade que os amigos William S. Harley e Arthur Davidson já buscavam desde o inicio do século passado em sua pequena oficina com 8 m² no frio nordeste americano, isso não é para qualquer veículo com duas rodas. E já que seu nome significa “Herança”, a Harley Davidson Heritage Softail Classic, fiel ao estilo e espírito de suas antepassadas, foi criada para te deixar por legado o vento no rosto, o passeio sem hora marcada e o desejo de que a estrada não termine nunca.   Largadão com os pés para frente, braços esticados estilo “seca sovaco” e a coluna ligeiramente inclinada para trás, a posição de pilotagem é agradável e descontraída. Nas curvas, o baixo centro de gravidade permite longas e deliciosas inclinações, para o deleite dos aficionados. Quase não se gira o guidão, basta inclinar o corpo, acelerar, e “curtir” o tamborilar do motor. E não se preocupe com nada! Não existem afanosas programações eletrônicas a serem feitas, é ligar e sair andando. Nem a potência o fabricante informa, eles dizem: “Dá e sobra, não se preocupe com isso!”.   E não tenha medo dela! Embora grande e pesando 326 kg, o assento tem apenas 69 cm de altura, o que facilita mantê-la em pé e manobrar sem o “stress” gerado pelas “altonas”.   Edição especial segue espírito das antepassadas. (Foto: Sérgio Melo)   Harley-Davidson Heritage Softail Classic   O QUE É? Estilo “Custom” – Visual retrô, generosidade nos cromados, alforjes em couro, encosto para garupa “sissy bar” e postura característica. Criada em 1988 nos USA, está no Brasil desde 2011.   ONDE É FEITO? Fabricada nos Estados Unidos, com montagem em Manaus.   QUANTO CUSTA? R$ 58.200   COMO ANDA? 1.600 cm, muita força em baixas rotações, arrancadas rápidas e fôlego na estrada. O fabricante não divulga, mas estima-se potência de 70 cv, final 170 km/h e 0 a 100 em 5 seg.    COM QUEM CONCORRE? Embora seja difícil fazer comparações com um “ícone”, a Triumph Tunderbird Commander, menos “custom” e mais “cruizer”, por R$ 54.790, é considerada semelhante.   COMO BEBE? Consumo entre 16/20 km/l (cidade/estrada)   COMPORTAMENTO: Ciclística leve com reações do guidão adequadas à inclinação. A suave suspensão soca nos quebra-molas quando se está com garupa, devido ao reduzido curso traseiro. Seis marchas, engates firmes e embreagem progressiva ligeiramente pesada. Freio eficiente com um disco em cada roda e ABS bruto em baixa velocidade. Nas curvas boa aderência.   ACABAMENTO: Montagem e acabamento primorosos.   MERCADO: Destinada ao “nicho” de mercado dos amantes da marca, estilo e simplicidade, teve venda mensal de apenas 32 unidades no ano passado.   CONCLUSÃO: Uma máquina para quem quer exclusividade, simplicidade e o estilo das antigas desbravadoras americanas. Na estrada a sobra de potência, o que permite rapidez e segurança nas ultrapassagens. Na cidade, embora o tamanho não seja tão grande não tente acompanhar os “motoboys” para não ficar entalado.   PONTOS POSITIVOS ESTILO FORÇA ESTABILIDADE   PONTOS NEGATIVOS POUCA ELETRÔNICA SUSPENSÃO CURTA  PESO

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