Edson Moreira conta detalhes da investigação que levou Bruno e "Bola" para prisão

Thais Mota e Renata Evangelista - Hoje em Dia
24/04/2013 às 15:34.
Atualizado em 21/11/2021 às 03:07

O delegado e atual vereador de Belo Horizonte, Edson Moreira, detalha para os jurados como ocorreu a investigação que resultou na prisão do goleiro Bruno Fernandes de Souza, do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o "Bola", e de outros envolvidos no caso. Às 13h30 desta quarta-feira (24), ele começou a ser ouvido como testemunha da defesa do réu, que está sendo julgado no Fórum Doutor Pedro Aleixo, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Logo no início, Moreira pediu para ser ouvido como autoridade policial, no entanto, atendendo a um pedido do advogado Ércio Quaresma, que representa "Bola", a juíza Marixa Fabiane Lopes determinou que ele seja interrogado como testemunha, já que atualmente ele é parlamentar.   Questionado pelo advogado, o delegado disse que a primeira informação que chegou sobre o crime supostamente cometido pelo goleiro foi sobre o assassinato de Dayanne Rodrigues, na época casada com o atleta. Somente depois as investigações revelaram se tratar do desaperecimento de Eliza Samudio, ex-amante do jogador.   Moreira relatou, também, não se recorda se na época, em junho de 2010, foi feito um Boletim de Ocorrência sobre o sumiço da modelo. Além disso, ele contou no plenário que não estava nas diligências feitas no sítio do goleiro quando o crime começou a ser investigado.   Quaresma indagou a testemunha porque o caso não foi repassado para comarca de Esmeraldas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), onde fica o sítio do atleta, e sim para Contagem, também na (RMBH). O delegado explicou que tomou a decisão devido a prisão em flagrante de Dayanne, por haver mandados de busca e apreensão expedidos pela justiça de Contagem e também por questão de infraestrutura.   Abuso sexual   Em seu depoimento nesta quarta-feira, Moreira informou que não sabia que Luiz Carlos Samudio, pai de Eliza e que criou a mulher, tinha mandado de prisão em aberto quando dele prestou depoimento para a delegada Alessandra Wilke. O homem é acusado de abusar da própria filha.   Dando sequência em seu interrogatório, a testemunha contou que Dayanne e Sérgio Rosa Sales, primo de Bruno, foram detidos um dia antes de Jorge Luiz Rosa, também primo do atleta e que denunciou o assassinato de Eliza, dar sua versão sobre o crime a uma rádio carioca. Dois dias após a declaração de Jorge, que na época era menor, o goleiro se apresentou à polícia do Rio de Janeiro e foi preso.   Durante a sessão, o delegado e o advogado de "Bola" se desentenderam e discutiram a data exata da prisão de Dayanne e Sérgio. Quaresma garante que a prisão ocorreu após a denúncia de Jorge, mas Moreira afirma que foi antes, mediante pedido de prisão baseado nas investigações.   Atualizada às 16h00   .

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