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Um cidadão não aprende a ter responsabilidade de uma hora para outra, quando alcança a maioridade. Desde pequena, uma pessoa já deve aprender em casa a assumir compromissos que não são levados apenas para a escola e a vivência em grupo, mas para todas as experiências da vida. Mas, afinal, como ensinar para mentes tão imaturas sobre algo tão complexo quanto o senso de responsabilidade?
Confira 5 dicas de como trabalhar o conceito de responsabilidade junto aos filhos desde pequenos:
1) A responsabilidade deve ser inserida de forma gradativa, começando com as pequenas coisas e aumentando na medida em que a criança cresce. Uma das primeiras responsabilidades é o autocuidado. Calçar um sapato, lavar as mãos, guardar os brinquedos, se enxugar no banheiro e assim por diante. Depois, a criança pode ajudar nas tarefas de casa, como regar uma planta, dar comida para o animal de estimação, etc. Ou seja, cuidar de si, cuidar do outro, do ambiente, dos objetos e assim por diante;
2) Volta às aulas: Este é o momento perfeito para falar sobre responsabilidade, já que as aulas estão prestes a começar. Uma das principais dúvidas dos pais é sobre o horário de acordar, por exemplo. Ficar responsável pelo horário de acordar é uma atribuição mais complexa, que pode ser dada a partir dos 11 anos. Nesta idade, os pais também podem incentivar que a criança ou pré-adolescente já faça seu próprio lanche, por exemplo;
3) Material escolar: Os pais podem etiquetar o material, mas a criança precisa ter o comprometimento de manter os livros, cadernos e demais objetos em ordem, limpos e organizados. As crianças são distraídas por natureza, mas, a partir dos 8 ou 9 anos, os pais podem exigir um maior cuidado com o material escolar, evitando danos, extravios ou até mesmo esquecimentos;
4) Outra dúvida recorrente dos pais é sobre recompensar ou não o bom desempenho na escola. Não é recomendável dar presentes ou outro tipo de recompensa quando a criança passa de ano ou tira notas boas. O correto é reforçar de forma positiva, valorizando, sim, o esforço com os estudos, mas sem associar isso a presentes, viagens, etc.;
5) “Faça o que eu faço”: Não é novidade que as crianças copiam os comportamentos dos pais, principalmente. Então, não adianta cobrar aquilo que você não faz. Os pais precisam dar o exemplo. Palavras se perdem no vento, atitudes, não. Os pais precisam também assumir a responsabilidade de serem pais e mães, cumprirem seus papéis, dar limites, cobrar e, claro, valorizar os bons comportamentos. Isso faz parte da vida e é essencial para o amadurecimento das crianças e para que elas entendam o que é responsabilidade, lembrando que onde não há comprometimento, não há crescimento.
Fonte: Neuropsicopedagoga, Viviani Zumpano, parceira da NeuroKinder