Em 9 de novembro, candidatos terão 5h30 para fazer as provas objetivas
Nesta edição, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) aplicará as provas nos dias 9 e 16 de novembro (Jose Cruz/Agência Brasil)
Reta final! Falta um mês para a aplicação do primeiro dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2025.
Nesta edição, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) aplicará as provas nos dias 9 e 16 de novembro.
Excepcionalmente, três municípios do Pará (Belém, Ananindeua e Marituba) terão agenda diferenciada devido à realização da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), entre 10 e 21 de novembro. Somente nesses municípios, a aplicação do Enem 2025 será nos dias 30 novembro e 7 de dezembro.
O Enem 2025 será aplicado em 1.804 municípios brasileiros. De acordo com o edital desta edição, o local de prova de cada participante será informado no Cartão de Confirmação da Inscrição, que será disponibilizado no endereço, em data a ser divulgada pelo Inep.
Ao todo, são quatro provas objetivas e uma redação em língua portuguesa, realizadas em 9 e 16 de novembro. Cada prova objetiva terá 45 questões de múltipla escolha.
O primeiro dia de provas terá a duração total de 5 horas e 30 minutos. Em 9 de novembro, além da prova de redação, serão cobradas as seguintes áreas do conhecimento: língua portuguesa; literatura; língua estrangeira (inglês ou espanhol); história; geografia; filosofia e sociologia, artes, educação física e tecnologias da informação e comunicação.
Em 16 de novembro, o segundo dia de provas do Enem, terá a duração total de 5 horas e avaliará as seguintes áreas: matemática, química, física e biologia.
Para quem quer consultar dicas para se preparar para prova de redação, daqui a um mês, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) publicou, a nova edição da cartilha A Redação do Enem 2025 – Cartilha do Participante.
A redação do Enem vale de 0 a 1 mil pontos.
A publicação traz informações como os critérios de avaliação da prova (matriz de referência) e amostras comentadas de redações que tiraram notas altas no Enem 2024, e que podem servir de exemplo para os novos participantes.
Para muitos, a estratégia para realizar uma boa prova é acelerar e intensificar os estudos, mas essa abordagem pode ser um tiro no pé, alerta o psicólogo e especialista em análise comportamental, Thiago de Paula. Segundo ele, a gestão da energia mental na reta final é o verdadeiro diferencial para um bom desempenho.
A necessidade de correr uma maratona para aprender conteúdo novo é grande, mas o especialista adverte que o momento exige uma recalibragem de foco. "O objetivo principal é chegar no dia do exame com tranquilidade, foco e preparação, não exaustão. É hora de solidificar, não de construir algo novo", avalia.
Além da rotina de estudos, o especialista enfatiza a importância de gerenciar o ambiente externo, criando o que ele chama de ‘bolha de proteção mental’. A organização prévia da logística para o dia da prova, por exemplo, é uma ferramenta poderosa contra a instabilidade emocional.
“Elimine as pequenas incertezas do dia anterior ou do próprio dia da prova, isso vai reduzir muito o estresse e a ansiedade”, aconselha de Paula.
A ansiedade é um combustível ou um curto-circuito?
Sentir um frio na barriga antes de um desafio como o Enem é natural, mas quando a ansiedade deixa de ser um impulso e passa a travar o raciocínio? Thiago de Paula explica que ela funciona como uma ‘faca de dois gumes’, sendo fundamental diferenciar sua natureza.
"A ansiedade paralisante é como um curto-circuito mental, ela não impulsiona, ela bloqueia. Ao invés de focar, sua mente corre em círculos com pensamentos catastróficos", diferencia o psicólogo.
Para os momentos de crise, quando o cérebro parece ‘desligar’, existem técnicas práticas e imediatas para retomar o controle. Ele orienta: "A mais imediata é a respiração diafragmática. Inspire pelo nariz contando até quatro, sentindo o abdômen se expandir. Segure por quatro tempos e solte o ar pela boca contando até seis ou oito. Isso sinaliza ao seu sistema nervoso que você está seguro", detalha.
Uso de redes sociais pode causar distração
A comparação contínua nas redes sociais pode minar a confiança do estudante, gerando sentimentos de inadequação. Para o psicólogo, a solução não é a desconexão total, mas uma mudança de postura em como a tecnologia é consumida.
“Seja seletivo com quem você segue. Desative as notificações de perfis que geram em você mais ansiedade do que inspiração. Transforme seu feed em um jardim digital de coisas que te nutrem, e não que te secam”, orienta.
O foco, segundo ele, deve ser sempre no progresso individual, pois cada jornada é singular. "Lembre-se que a sua jornada é única. Compare-se com você de ontem, não com as outras pessoas, porque isso é muito injusto. Celebre as suas pequenas vitórias e aprenda com todos aqueles desafios e erros seus", pontua.
Como cuidar do corpo e da mente
A pressão excessiva pode levar a um esgotamento físico e mental conhecido como burnout. Os sinais de alerta, de acordo com o especialista, são claros: cansaço persistente que não melhora com o sono, irritabilidade, dificuldade de concentração, sintomas físicos como dores de cabeça e, principalmente, um sentimento de incompetência.
Quando a pressão familiar contribui para o esgotamento, o diálogo se torna a principal ferramenta. A abordagem, no entanto, precisa ser estratégica para evitar conflitos.
"Ao invés de acusar, com frases como vocês me pressionam, o estudante deve expressar suas necessidades de forma clara: ‘Eu me sinto muito pressionado e cansado quando as expectativas são muito altas. Eu preciso do apoio de vocês para encontrar um equilíbrio’", finaliza o psicólogo.