Levantamento identificou 107 cientistas nacionais com pelo menos 150 citações em documentos estratégicos, dentre outros temas

Relatório evidencia o papel crescente da ciência brasileira na formulação de políticas públicas e possui o objetivo de medir o impacto real do conhecimento na sociedade (Foca Lisboa)
Cinco docentes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) se destacam entre os pesquisadores brasileiros mais influentes em políticas públicas no mundo. É o que mostra uma análise inédita realizada pela Agência Bori em parceria com a base de dados internacional Overton, divulgada nesta sexta-feira (7).
O relatório evidencia o papel crescente da ciência brasileira na formulação de políticas públicas e possui o objetivo de medir o impacto real do conhecimento na sociedade. O levantamento identificou 107 cientistas nacionais com pelo menos 150 citações em documentos estratégicos, relatórios técnicos e pareceres utilizados por governos, organismos internacionais e organizações da sociedade civil entre 2019 e julho de 2025.
Os destaques são:
Britaldo Soares Filho foi professor titular do Departamento de Cartografia da UFMG e atualmente é pesquisador associado do Centro de Sensoriamento Remoto da universidade, onde atua na modelagem de cenários de políticas territoriais.
A pesquisa de Britaldo inclui simulações integradas de mudanças no uso do solo e avaliação de seus impactos no clima, regime hidrológico, balanço de carbono, incêndios florestais, biodiversidade, rastreabilidade agrícola e rentabilidades agrícola e florestal.
Lucas Guimarães Abreu é professor da Faculdade de Odontologia da UFMG e consultor ad hoc do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Possui trabalhos na avaliação da Epidemiologia de lesões orais e maxilofaciais, cárie dentária e má oclusão. Tem estudado também desfechos em saúde bucal de indivíduos com condições sistêmicas e síndromes.
Deborah Carvalho Malta é professora titular e pesquisadora da Escola de Enfermagem da UFMG. Especialista em Saúde Coletiva, atua principalmente com epidemiologia, vigilância de doenças crônicas não transmissíveis, vigilância de acidentes e violências, promoção da saúde, avaliação de serviços e saúde suplementar. Recebeu a Grande Medalha da Inconfidência, em 2024, a mais alta honraria concedida pelo Governo de Minas.
Raoni Rajão é diretor de Políticas de Controle do Desmatamento e Queimadas do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima e professor do departamento de Engenharia de Produção da UFMG. Dedica-se ao estudo da relação entre tecnologia, ciência e políticas públicas, com ênfase na avaliação de políticas de controle do desmatamento e de pagamento por serviços ambientais.
Waleska Teixeira Caiaffa é médica, professora titular de epidemiologia e saúde pública da Faculdade de Medicina da UFMG e líder do Grupo de Pesquisa em Epidemiologia/Observatório de Saúde Urbana de Belo Horizonte (OSUBH-GPE).
Atua principalmente nos temas: saúde urbana; determinantes sociais da saúde com foco na área urbana; avaliação de intervenções urbanas na saúde das populações (originárias ou não do setor saúde); doenças transmissíveis como dengue, COVID-19 e outras, não transmissíveis e uso de drogas no contexto urbano.
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