Elite da ciência

UFMG tem 56 pesquisadores entre os cientistas mais influentes do mundo, aponta ranking de Stanford

Classificação se baseia na frequência com que estudos são citados por outros cientistas

Dione Alves
dione.alves@hojeemdia.com.br
10/10/2025 às 19:07.
Atualizado em 10/10/2025 às 20:33
Fachada do prédio da UFMG (Divulgação / UFMG)

Fachada do prédio da UFMG (Divulgação / UFMG)

Novo ranking global que mede o impacto da produção científica colocou 56 pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) na elite da ciência mundial. A lista, elaborada anualmente por cientistas da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, identifica os autores mais citados nas áreas de atuação, servindo como termômetro da influência acadêmica internacional.

No cenário científico brasileiro do ranking de Stanford, a Universidade de São Paulo (USP) lidera com folga, com 287 profissionais listados, seguida pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), com 106.

Para definir quem são os cientistas mais influentes, a análise usa um método com vários critérios. Primeiro, é levado em consideração o número de vezes um nome foi mencionado em bases de dados como é feito com a plataforma Scopus, que reúne artigos científicos do mundo todo.

Apesar de comemorar o resultado, a própria UFMG analisa os números com cautela. O pró-reitor de Pesquisa, Fernando Reis, afirma que a lista prova que a universidade produz "ciência de qualidade, com visibilidade mundial", mas faz uma ressalva importante: o ranking não serve para comparar uma universidade com a outra, pois não leva em conta o tamanho de cada instituição ou o número total de pesquisadores.

Para Fernando Reis, a principal função do ranking é servir como uma ferramenta de autoavaliação para o cientista. “A classificação permite que cada um veja sua nota e se compare com outros especialistas que estudam a mesma coisa no mundo todo”, explica. Ele dá um exemplo: se a pontuação de um pesquisador o coloca acima de 90% de seus colegas, isso significa que ele pertence ao grupo dos 10% mais influentes de sua área.

A análise abrange mais de 200 mil cientistas em 22 grandes áreas e 174 subáreas do conhecimento. A lista final é composta pelos 100 mil pesquisadores.

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