A polícia egípcia prendeu três membros de uma suposta célula terrorista ligada à Al-Qaeda e que planejava atacar uma embaixada ocidental e outros alvos no país, disse neste sábado (11), o ministro do Interior do país, Mohamed Ibrahim. Ele não identificou a embaixada, mas afirmou que o ataque era iminente e seria realizado por um homem-bomba ou por meio da detonação de uma bomba feita com nitrato de amônio - um fertilizante comum.
Segundo Ibrahim, os suspeitos foram capturados com 10 quilos do fertilizante e um computador contendo instruções para a fabricação de bombas. Ainda de acordo com o ministro, eles vinham mantendo contato com Kurdi Dawud al-Assadi, que é "o líder da Al-Qaeda em alguns países do Oriente Médio".
Um dos suspeitos tem ligações com membros da Al-Qaeda na Argélia e recebeu treinamento de uma organização no Paquistão e no Irã, disse Ibrahim, acrescentando que os suspeitos também mantinham contato com a Al-Qaeda no Paquistão e com um facilitador do grupo terrorista na fronteira turca.
O advogado dos suspeitos, Mamduh Ismail, disse que presenciou o interrogatório e que não foram apresentadas provas. "Não havia provas, nada", disse. "Isso é só um caso do aparato de segurança tentando mostrar seu valor." Ele contestou a acusação de que os suspeitos foram presos com explosivos.
Segundo a agência oficial de notícias MENA, dois dos suspeitos devem permanecer detidos por pelo menos mais 15 dias e o terceiro está em prisão domiciliar. As informações são da Dow Jones.
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