Em BH, voto para prefeito começa a ficar cristalizado

15/09/2016 às 19:31.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:51

Com a queda dos indecisos (de 16% para 7%), segundo pesquisa Ibope divulgada na noite de quarta-feira (14), e a desidratação dos candidatos a prefeito menos competitivos, o voto do eleitor de Belo Horizonte começa a se cristalizar na direção de um segundo turno entre o tucano João Leite e o estreante Alexandre Kalil (PHS). Ambos cresceram, respectivamente, 12% e 11%; os indefinidos e os brancos e nulos tiveram recuo de 15 pontos, de 36% para 21%.

Depois dos dois primeiros colocados, todos os outros perderam um ou dois pontos, sem deixar a margem de erro e, o que é pior, o que, no futebol, chamam de zona de rebaixamento, tirando-lhes as chances de passar ao segundo turno, quando a eleição, de fato, vai acontecer, com um quadro menos tumultuado e congestionado por 11 candidaturas e um sem número de candidatos a vereador. Será A contra B e vice-versa, cada um agregando, como puder, os apoios dos que ficaram de fora.

Nessa sexta pesquisa, a segunda do Ibope, vai se confirmando o fenômeno da cristalização do voto, que acontece quando a avaliação espontânea vai se aproximando da medição estimulada. Quando as duas se encontram, há uma consolidação do quadro. Dizem, nos comitês, que ela estaria na casa dos 50%. Na reta final, acontece também outra situação, chamada de voto útil, na qual os eleitores indecisos tendem a ficar com aquele, de sua segunda preferência, que tem mais chances de competir e chegar à vitória.

A mesma pesquisa será o segundo critério, oficialmente na Rede Globo, para que as emissoras excluam aqueles candidatos de partidos que, além de não atender ao critério da legislação (bancada federal acima de nove deputados), não alcançaram mais de 5 pontos. A medida busca realizar um debate razoável entre tantos candidatos, mas afeta a democratização e a participação igualitária na disputa. Hoje tem debate na Rede TV.

Lula atira no pé do procurador
Engana-se quem avalia que o ex-presidente Lula (PT) fez discurso emocionado, desabafado ou jogou para a plateia. Mais uma vez, ele foi um estrategista e calculou, milimetricamente e com ajuda da banca de advogados, suas palavras para colocar a militância de cabeça erguida, mas sem confrontar o Judiciário. O objetivo principal foi o de se vacinar contra eventual prisão preventiva, eliminando seus fundamentos, como o de obstrução das investigações, de alteração da ordem pública ou de fuga.

Por diversas vezes, disse que está à disposição dos procuradores para quantos depoimentos quiserem ter. E mais, que se apresentassem alguma prova contra ele, iria a pé para a prisão. Sem uma prova material objetiva, além de convicções, os procuradores podem ter dado tiro no próprio pé. Estão virando cabo eleitoral de Lula 2018.

Cassação 2 de Cunha
Voltou a tramitar, nessa quinta (15), na Câmara de Belo Horizonte, o projeto de resolução que pode cassar o título de cidadão honorário do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB). A proposta amplia as hipóteses de cancelamento dessas homenagens àqueles que tenham sido condenados pela prática de crimes hediondos ou contrários ao funcionamento do poder público. A votação está prevista para o dia 4 de outubro.

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