Em busca de melhorias para aplicar à agropecuária regional

Jornal O Norte
14/05/2008 às 09:14.
Atualizado em 15/11/2021 às 07:32

Valéria Esteves


Repórter

Produtores rurais participam de curso de especialização e formação de lideranças rurais organizado pela Faemg e Senar em Montes Claros. Ontem, no auditório da Sociedade rural de Montes Claros, assuntos como o fortalecimento do agronegócio na região foram pautados como assunto principal para melhoria da realidade econômica das atividades que fazem o agronegócio.

Hoje, os pecuaristas vão ser preparados por cursos a serem ministrados pelo Senar e Faemg. Já há algum tempo os produtores recebem essas orientações sobre capacitação da mão- de obra no campo, e segundo o presidente do Sindicato Rural de Montes Claros, Júlio Pereira, os resultados têm sido muito bons.

De acordo com os organizadores, o curso pretende disponibilizar instrumentos de análise, proporcionando uma visão geral dos aspectos da política agropecuária brasileira, mostrando sua potencializacão e as oportunidades do agronegócio, o que possibilita uma reflexão do papel do líder na transformação da sociedade.

O fato é que mesmo com a seca os produtores rurais continuam querendo melhorias para seu rebanho. E essa é força de vontade que o setor precisa como bem disse à gazeta mercantil, o presidente do CNPC - Conselho nacional da pecuária de corte, Sebastião Costa Guedes: o setor terá que se esforçar para elevar ainda mais o consumo de carne bovina no país.

Depois de serem superados pelo frango na preferência do consumidor brasileiro, pecuaristas querem retomar a liderança no consumo per capita de carne no Brasil.

As medidas propostas envolvem ações de marketing, melhoria na distribuição do produto, incentivo ao consumo na merenda escolar, além da divulgação das qualidades da carne do dianteiro, principalmente entre as classes C e D.

- Temos de deslocar o frango (da primeira posição) e colocar em seu devido lugar. Em minha opinião a carne bovina é mais saborosa que a do frango, brincou Guedes, durante um almoço promovido em uma churrascaria pela entidade para antecipar temas que serão discutidos durante o Congresso Internacional da Carne, a ser realizado entre 25 e 27 deste mês em São Paulo.

No ano passado, o consumo per capita de carne de aves atingiu 36,97 quilos, segundo dados da UBA - União Brasileira de Avicultura. Tal comportamento foi motivado pela redução do preço que caiu sob a influência de focos mundiais de gripe aviária. Com isso, o consumo de frango ultrapassou pela primeira vez a bovina que ficou ligeiramente menor em 36,7 quilos por habitante, segundo o presidente do CNPC.

MATÉRIA-PRIMA DE PRIMEIRA

No ano passado durante realização da semana de Ciências Agrárias da Unimontes em Janaúba, a zootecnista Letícia Zoppa, como bem noticiou O NORTE, havia dito que o couro de bovino de Janaúba é classificado na 4ª categoria.

Ao comparar a produção de couro de bovino de três localidades onde o Independência Alimentos atua, Letícia Zoppa informou que em Janaúba o couro é menos refugado que nas regiões de Campo Grande e Nova Andradina, no Mato Grosso do Sul. Em Janaúba, o refugo tem sido de 23% contra 36% e 42% de Andradina e Campo Grande, respectivamente.

Na avaliação da zootecnista, o couro do bovino do Brasil é de quarta categoria (considerado bom), pois tem baixa marca de fogo e de sinais de riscos fechados e nenhuma marca de carrapato, de bernes abertos e fechados e de mosca do chifres.  A marca de fogo e ferrão são os problemas do couro produzido de animais da região de Janaúba, beneficiada pelo clima e pela inexistência de bernes e carrapatos.

CRESCIMENTO

Ainda no final do ano de 2007 os pecuaristas já podiam comemorar mais avanços. O PIB da agropecuária brasileira registrou crescimento de 7,72% no acumulado até setembro, refletindo os bons resultados da safra agrícola em 2007 e o aumento da produção e dos preços dos frangos e lácteos.

Segundo análise da CNA- Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, em parceria com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea/USP), o PIB do agronegócio também apresenta cenário positivo, garantido principalmente pelo agronegócio da pecuária, que acumula crescimento de 7,28% até setembro.

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