Em campanha

17/08/2017 às 00:04.
Atualizado em 15/11/2021 às 10:07

Enquanto o juiz federal Sérgio Moro aperta o cerco contra o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, com as investigações da operação Lava-Jato, o petista sai em caravana pelo Nordeste do país, em franca pré-campanha à Presidência da República. A romaria começa hoje, partindo de Salvador, com parada em 28 municípios de nove estados nordestinos. Em cada parada, está programada uma homenagem ao ex-presidente que, apesar de seu otimismo, enfrenta resistência institucional, principalmente por causa da sua condição de condenado pela Lava-Jato.
 
Pacote de aperto
O governo anunciou, na terça-feira, a revisão da meta fiscal deste ano e do próximo e definiu novas medidas para aumentar a arrecadação e reduzir gastos. O anúncio foi feito pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, após adiamentos causados por divergências e pressão política. A proposta do governo, segundo o ministro, é pedir autorização ao Congresso para elevar o déficit das contas públicas para R$ 159 bilhões em 2017 e repetir o valor em 2018, o que significa R$ 20 bilhões a mais neste ano e R$ 30 bilhões no ano que vem. Com as contas no vermelho até 2020, exportadores e fundos pagarão mais tributos, enquanto reajustes de servidores são adiados.
 
Salários parcelados
O governo do Distrito Federal anunciou nessa quarta-feira que estuda a possibilidade de parcelar os salários dos funcionários públicos em setembro. A justificativa do GDF é de que, se pagar a folha cheia, que corresponde a 80% da receita do DF, terá que dar o calote nos fornecedores e prestadores de serviço, cuja dívida gira em torno de R$ 800 milhões, correndo risco de ter serviços essenciais interrompidos. O GDF garante que é impossível honrar os dois compromissos se mais recursos não entrarem nos cofres. A decisão sobre o parcelamento será tomada na última semana do mês e apenas servidores da segurança ficarão fora do parcelamento.
 
Bolsonaro condenado
Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve, por unanimidade, a condenação do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) pelas ofensas dirigidas à também deputada Maria do Rosário (PT-RS). Em 2014, Bolsonaro afirmou que Maria do Rosário não merecia ser estuprada porque ele a considera “muito feia” e a petista não faz o “tipo” dele. Bolsonaro foi condenado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal, em 2015, a pagar indenização de R$ 10 mil à petista por danos morais, mas recorreu. Ainda segundo a decisão, Bolsonaro deveria se retratar publicamente em jornais, no Facebook e no Youtube. Após a decisão do STJ, Maria do Rosário disse que a condenação é uma “vitória de todas as mulheres brasileiras”. Bolsonaro disse que recorrerá ao STF, onde é réu.

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