Em clima de campanha eleitoral, Dilma inaugura adutora que levará água para o sertão

Hoje em Dia
26/03/2013 às 06:30.
Atualizado em 21/11/2021 às 02:15

Dilma Rousseff viveu na segunda-feira (25) clima de campanha eleitoral. A presidente inaugurou a primeira etapa da Adutora de Pajeú, com 118 quilômetros, para abastecer seis cidades. A adutora terá 598 km e, quando estiver completamente concluída, vai levar água do rio São Francisco a 400 mil moradores de 21 municípios pernambucanos e oito paraibanos. O investimento previsto é de R$ 547 milhões.

A presidente teve uma recepção festiva em Serra Talhada, a 420 quilômetros de Recife, e discursou ao lado do governador Eduardo Campos, do PSB, que aparece com 6% das intenções de voto na pesquisa divulgada sexta-feira passada pelo instituto Datafolha. Se as eleições de 2014 para presidente da República fossem hoje, Dilma Rousseff seria reeleita em primeiro turno com 58% dos votos.

Incentivados por prefeitos dos municípios beneficiados pela Adutora de Pajeú, militantes do PT e do PSB foram a Serra Talhada e gritaram palavras de apoio aos dois possíveis candidatos. Mais dividido que os militantes, o ministro da Integração, Fernando Bezerra, do PSB pernambucano, dirigiu-se a Dilma Rousseff, em seu discurso, para dizer que “Eduardo Campos é o melhor governador que o Brasil tem”. E elogiou a política de ações de combate à seca do governo federal e o apoio que recebe da presidente para gerir o ministério.

O governo federal tem sido generoso com Pernambuco, terra natal do ex-presidente Lula, desde que o PT chegou ao poder em 2003. A presidente afirmou em seu discurso que os investimentos no Estado, incluindo os realizados pelas empresas estatais, chegam a R$ 60 bilhões. Dilma anunciou mais R$ 2,341 bilhões para obras hídricas e rodoviárias e no porto de Suape, município onde a Petrobras está construindo a Refinaria Abreu e Lima. Sem se dirigir diretamente ao governador, neto do fundador do PSB Miguel Arraes e antigo aliado petista, afirmou a presidente que não se pode esquecer “dos compromissos políticos que, ao longo da nossa vida, nós lutamos por eles”.

Eduardo Campos, que na semana passada esteve em São Paulo para uma conversa com o ex-governador José Serra (PSDB), defendeu um “debate político sereno, bem posto, respeitoso, que vá ao encontro da pauta do povo”.

Para os sertanejos castigados por uma das piores secas dos últimos anos, a pauta mais importante, no momento, não é a campanha eleitoral. O que mais interessa a eles é a conclusão da adutora. Cumprindo, em parte, a antiga profecia: “O sertão vai virar mar”.

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