Em meio à tensão, centrais sindicais convocam paralisações na Turquia

Agência Brasil
05/06/2013 às 09:35.
Atualizado em 20/11/2021 às 18:51

BRASÍLIA – O clima de tensão na Turquia permanece no país, com a pressão dos manifestantes para que o governo demita os chefes da polícia de Ancara, a capital, de Istambul, Tunceli e Hatay, nas quais houve protestos e embates. O apelo foi feito ao vice-primeiro-ministro da Turquia, Bulent Arinç. Desde o último dia 31, há protestos violentos no país em decorrência de divergências entre os manifestantes e as políticas adotadas pelo governo. A quarta-feira (5) será marcada por uma greve geral.

Na madrugada, houve conflitos entre manifestantes e policiais em Ancara, Istambul, Tunceli e Hatay. Nos confrontos com a polícia, os agentes de segurança usaram gás lacrimogêneo e bombas de água contra os manifestantes. Centrais sindicais convocaram para hoje (5) um dia de paralisações. Os manifestantes querem a renúncia do primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan.

A greve foi convocada pelas confederações dos Sindicatos dos Trabalhadores Públicos (Kesk) e dos Sindicatos Revolucionários de Trabalhadores (Disk), pela Ordem dos Médicos da Turquia (TTB) e pela União das Ordens de Engenheiros e Arquitetos (Tmmob).

Em declaração conjunta, as entidades defendem a preservação do Parque Gezi, em Istambul, onde começaram os protestos devido à retirada forçada de pessoas que estavam no local, e a construção de um centro comercial na região. Os manifestantes também querem a suspensão do uso de gás de pimenta, a investigação e atuação sobre os responsáveis pelas repressões mais violentas.

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