Em Minas Gerais 13 mil produtores serão beneficiados pelo Programa Leite Saudável

Hoje em Dia
07/10/2015 às 08:52.
Atualizado em 17/11/2021 às 01:58
 (Alexandre Soares Emater-MG/divulgação)

(Alexandre Soares Emater-MG/divulgação)

A partir do próximo dia 15 terá início a seleção dos pequenos produtores que serão contemplados pelo Programa Leite Saudável, desenvolvido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Em Minas Gerais, até 2018, 13 mil produtores rurais de 149 municípios mineiros terão a oportunidade de melhorar a renda e contribuir com o aumento da competitividade do setor lácteo do país.

Serão beneficiados 80 mil produtores Do total de recursos de R$ 387 milhões a serem investidos, serão viabilizados R$ 57 milhões para Minas Gerais, onde o Leite Saudável está sendo implantado com a ajuda da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), por meio de articulações e parcerias institucionais com os setores público e privado. Desse montante, 40% sãos recursos do Mapa e 60% do Sebrae.

Para ser incluída no programa, a propriedade rural tem de produzir no mínimo 50 litros de leite/dia, sendo o máximo desejável de 200 litros/dia. Entre as exigências técnicas estão ainda a sua permanência no Leite Saudável por dois anos, a comprovação de potencial para implementar as melhorias propostas, ter uma estrutura mínima para receber assistência técnica, cursos de gestão e tecnologia, bem como inseminação artificial, e estar inserida nas rotas de comercialização. Buscando elevar os índices de produtividade do rebanho leiteiro, o Mapa e o Sebrae selecionarão agricultores com potencial para adotar práticas de melhoramento genético.

Capacitação

O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) será o responsável pela assistência técnica e capacitação dos produtores rurais participantes. Numa primeira etapa, o Senar atenderá 3.560 propriedades de cinco estados contemplados pelo programa. Além de Minas Gerais, estão incluídos Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Goiás, que juntos representam 72,6% da produção nacional.

Os profissionais do Senar farão visitas mensais de 4h por propriedade/mês, capacitando os produtores com 120h por propriedade/ano. O objetivo é atender a sete eixos de ações definidos pelo Leite Saudável: assistência técnica e gerencial, melhoramento genético, política agrícola, sanidade animal, qualidade do leite, marco regulatório e ampliação de mercados.

De acordo com o coordenador nacional de Assistência Técnica e Gerencial do Senar, Matheus Ferreira Pinto da Silva, ainda há no setor leiteiro do país muitos produtores trabalhando de forma pouco profissional. “Foi possível criar uma perspectiva de melhor produtividade e rentabilidade para o produtor. Já temos um software próprio de gestão da atividade leiteira, materiais técnicos, como o Caderno do Produtor de Leite, além de apostilas de capacitação da equipe técnica. O Senar está pronto para começar a atuar e contribuir para o sucesso do Programa Leite Saudável”, garantiu.

Ele explicou que o atendimento a ser realizado pelo Senar também contemplará a qualificação, difusão de tecnologia e melhoria dos processos de gestão, por meio da assistência técnica e formação profissional rural aos produtores, trabalhadores, transportadores e técnicos multiplicadores da cadeia produtiva do leite, com adoção de boas práticas agropecuárias para melhoria da segurança e qualidade do leite produzido.

Gerenciamento de dados é fundamental para o sucesso do programa

O programa prevê a criação, em parceria com a Embrapa, de um sistema de inteligência para gerenciamento de dados da qualidade do leite e a ampliação do Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro), em Pedro Leopoldo. Esse é o laboratório oficial do Ministério da Agricultura na região Sudeste, possuindo ainda unidades avançadas em Belo Horizonte, Andradas, Varginha e Rio de Janeiro; e em Campinas (SP), com unidade avançada em Jundiaí. O Mapa também vai intensificar a implementação do Plano Nacional de Qualidade do Leite e aprimorar a base de dados dos serviços de inspeção do produto.

O Brasil produz média de 4,4 litros/ vaca, menos que outros países como Argentina Austrália e Nova Zelândia

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