(Lucas Borges)
Em evento realizado na noite desta segunda-feira (21), na sede do MDB-MG, em Belo Horizonte, o ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles (MDB) reafirmou sua pré-candidatura a Presidência da República.
Na solenidade, que contou com os principais nomes do partido no Estado, como os deputados-federais Mauro Lopes, Newton Cardoso Júnior, Leonardo Quintão, além do presidente da Assembleia Legislativa, Adalclever Lopes, Meirelles enfatizou a necessidade da continuidade das reformas da Previdência e Tributária. Ele garantiu ainda que sua possível candidatura seria competitiva, apesar do desconhecimento de grande parte da população em torno de seu nome.
Questionado sobre mais um reajuste no preço da gasolina, divulgado pela Petrobrás nessa segunda-feira, e que vem gerando protestos em todo o país, Meirelles prometeu uma redução na tributação do combustível, para compensar as possíveis altas no preço do petróleo.
“A questão da gasolina tem dois componentes. O primeiro é preço do petróleo internacional. Isso não é controlável pelo governo brasileiro. Isso é algo que é definido pela oferta e pelo consumo de gasolina e gás no mundo. O segundo é uma questão fiscal, de impostos. O que estamos propondo, e certamente, caso eleitos em outubro, como temos segurança que vai acontecer, é a diminuição, se for necessária, dos impostos sobre o combustível. Visando, que isso sim, possa compensar o aumento do preço petróleo, ao mesmo tempo em que preserva a capacidade da Petrobras”.
Confira os principais trechos abordados por Henrique Meirelles:
“Sou um pré-candidato do partido. Amanhã vamos lançar o documento. O presidente da República também deve fazer o seu pronunciamento. Evidentemente de que cabe ao presidente decidir o que ele vai dizer, quando vai dizer, e não a nós. O que eu vou dizer é exatamente o que eu penso que deve ser feito pelo presidente do Brasil”.
Reforma tributária
“A Reforma Tributária é um projeto que nós fizemos no Ministério da Fazenda e que está ainda em andamento. Uma boa parte, que é a do PIS\Cofins está formalizada. Agora, temos toda a parte dos impostos estaduais e demais impostos federais, que deverão ser discutidos pelo Congresso. A nossa intenção é fazer simplificar a tributação no Brasil, e criar um sistema tributária que permita uma maior produtividade das empresas e criação de empregos e de renda”.
Força eleitoral
“Nós (MDB) fizemos pesquisas qualitativas que pegam eleitores que nunca ouviram falar do meu nome, que não me conheciam. Eleitores de diversas faixas de renda, e etárias, e de escolaridade, de diversas regiões do país. Esses eleitores, conhecendo a nossa história, vendo o crescimento da economia, e vendo o que fizemos também no Banco Central, o número de pessoas que passam a declarar a intenção de voto aumenta de uma forma impressionante. Portanto, acreditamos sim, que uma vez, conhecido o nosso projeto e nosso histórico, nós teremos condições de vencer a eleição”.
Rejeição por ser o candidato de Michel Temer
“Eu não sou candidato de uma pessoa. Sou o candidato do crescimento, do emprego, da renda e da inflação controlada. Certamente, viajarei com diversos líderes políticos, inclusive com o presidente, sem o menor problema. O importante é mostrar compromisso com o país e com a continuidade das reformas fundamentais”.
Relação com Minas Gerais
“Tenho a visão que Minas tem um papel muito importante a desempenhar, e, certamente, quando eleito presidente da República, teremos ministros de Minas Gerais”.
Desemprego
“O importante é o crescimento do número de pessoas empregadas, e isso cresceu muito. A nossa previsão é de que cresça em mais 2 milhões esse ano. O desemprego é muito influenciado pelo número de pessoas que estavam desanimadas e começam a procurar o mercado de trabalho. O importante é criarmos muitos e empregos, e, por consequência, vai haver uma queda no desemprego”.
Reforma da Previdência
“Certamente (volta a pauta). É uma reforma necessária e que temos que discutir essa questão com o povo brasileiro”.
Impacto de uma possível candidatura de Lula
“A nossa candidatura independe de quais são os outros candidatos. Estou muito focado na nossa situação eleitoral e no nosso potencial, independentemente de quem forem os outros candidatos, temos condições de vencer”.