(AFP PHOTO/RODRIGO BUENDIA)
O Papa Francisco pediu para um público de mais de um milhão de pessoas em Quito, no Equador, para canalizar a mesma urgência que levou a América Latina à independência na fé em um continente no qual o catolicismo perde espaço para os movimentos evangélicos.
O Papa falou para o público no Parque Bicentenário de Quito, capital do país, estimado pelo ministério do Interior em mais de um milhão de pessoas, que em um mundo dividido por guerras, violência e individualismo, os católicos devem ser os "construtores da unidade", juntando as esperanças e os ideais de seus seguidores.
A missa final do Pontífice no Equador - que segue para o Paraguai e Bolívia em sua visita na América do Sul - teve leituras em Quíchua, a língua nativa falada pela maioria da população do Equador, e vestimentas típicas para o Papa.
Em seu último dia no país, o Papa reuniu-se com bispos e visitou a Universidade Católica de Quito para um encontro com estudantes e professores. Na quarta-feira, o Pontífice viaja para o Paraguai e no final da semana para a Bolívia.
Na América Latina estão 40% dos católicos do mundo, mas a Igreja está perdendo fiéis para os cultos evangélicos, que focam nas comunidades mais pobres do continente.
Apesar da queda do número de fiéis nos países latino-americanos de língua espanhola não ter sido tão brusca quanto no Brasil, os dados do Equador são notáveis: cerca de 95% da população do país era católica em 1970; hoje, o dado caiu para 79%, de acordo com o Pew Research Center.
"A evangelização não consiste em proselitismo, mas em atrair aqueles que estão longe, que se sentem longes de Deus e da Igreja, aqueles que têm receio ou são indiferentes", disse o Papa durante a Missa. "O proselitismo é uma caricatura da evangelização", comentou.
Fonte: Associated Press http://www.estadao.com.br