Em um mês da campanha Linha Segura, polícia recebeu 44 denúncias de uso e venda de linhas cortantes

José Vítor Camilo
01/09/2019 às 21:42.
Atualizado em 05/09/2021 às 20:22
 (PC / DIVULGAÇÃO)

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Após um mês da campanha "Linha Segura", lançada no primeiro dia de agosto pelo jornal Hoje em Dia, o canal de denúncias da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) recebeu um total de 44 denúncias contra o uso e comércio ilegal de linhas chilenas e de cerol. 

Segundo o órgão, deste total de denúncias recebidas em todo o Estado, quatro já foram apuradas e outras 40 seguem em investigação.

Uma semana após o início da campanha, no dia 8 de agosto, uma informação recebida pelo canal levou a Polícia Civil (PC) a prender um homem de 36 anos que comercializava linhas cortantes em um bairro não divulgado de Belo Horizonte. 

O suspeito foi preso em flagrante por crime ambiental, já que possuía depósito para venda de produto nocivo à saúde humana. Na loja, foram apreendidas várias carretilhas com linhas chilenas e sacos de um pó branco (possivelmente de vidro), que seria usado para a fabricação de cerol. 

"Linha Segura"

A campanha de conscientização e mobilização "Linha Segura" visa evitar que o cerol destrua vidas e sonhos. Principal medida para evitar novas tragédias, a denúncia do uso ou comércio do material cortante pode ser feita de forma anônima, pelo telefone 181, o Disque-Denúncia. A campanha contou com a participação de Gabriel Lucas Alves Nascimento, de 15 anos, que teve uma das pernas amputada após ser ferido por uma linha chilena, em Betim, em julho. Confira o vídeo com o depoimento de Gabriel. 

Desde 2002, a utilização e a venda de linhas cortantes é proibida por lei. Quem for flagrado cometendo a irregularidade está sujeito a multas que variam de R$ 100 a R$ 1.500. Se o uso resultar em prejuízos patrimoniais, ferimentos ou morte, o infrator pode parar atrás das grades.

Além do Disque Denúncia 181, as denúncias podem ser feitas pelo 190 da PM. “A pessoa pode, inclusive, acenar para uma viatura e mostrar o local. Mas, se não quiser se identificar por medo, por conhecer o denunciado ou qualquer outra razão, o 181 é a melhor opção”, explica o major da Polícia Militar Flávio Santiago.

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