O embaixador dos Estados Unidos na Ucrânia, Geoffrey Pyatt, pediu uma investigação sobre os responsáveis por provocar a violência que se alastrou na sexta-feira, 02, na cidade de Odessa, onde confrontos levaram à morte de ao menos 34 pessoas.
Em entrevista por telefone à CNN, neste domingo, Pyatt disse que até o momento não havia evidências que ligavam os líderes políticos da Rússia aos ataques, porém afirmou que o governo russo está "exercendo sua influência no leste da Ucrânia" e que "alguém queria que a violência explodisse da forma que ocorreu".
Manifestantes pró-Rússia e pró-Kiev se enfrentaram por semanas, mas os danos causados pelas mortes na sexta-feira foram um ponto decisivo, considerando que os líderes americanos e estrangeiros estão debatendo sobre como podem se envolver no caso.
O primeiro-ministro da Ucrânia Arseniy Yatsenyuk culpou, neste domingo, os serviços de segurança do país por falhar em interromper a violência em Odessa. Ele disse que espera uma investigação "completa, aprofundada e independente" e que todos que ajudaram a instigar a violência podem ser descobertos.
Pyatt afirmou que o "mais preocupante parece ser a evidência nas mídias sociais de que a polícia de Odessa pode ter sido cúmplice, ao permitir que a violência saísse do controle da forma como ocorreu".
No sábado, o Ministério do Interior disse que o chefe da polícia regional em Odessa foi demitido e que cerca de 200 pessoas foram presas. Yatsenyuk explicou que toda a força policial regional teria de ser reorganizada.
Apesar da violência crescente na Ucrânia, Pyatt diz não acreditar que o país passa por uma guerra civil. "Ainda não vejo isso", afirmou. Fonte: Dow Jones Newswires.
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