(Wesley Rodrigues/Hoje em Dia)
A unidade da Embraer em Belo Horizonte, inaugurada há um ano e meio, desenvolve projetos de aviões para o mercado mundial. A informação, confirmada pela empresa, é do presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Olavo Machado, que falou na última sexta-feira (11) sobre o plano, durante a visita do ministro da Ciência e Tecnologia, Clélio Campolina, às instalações da Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais (Senai/Cetec), no Horto. Também presente ao evento, o diretor-geral do escritório da Embraer na capital, Mário Lott, não deu entrevistas. Questionada sobre os trabalhos desenvolvidos na unidade mineira, a assessoria de comunicação da companhia se posicionou por meio de nota. “O Centro de Engenharia e Tecnologia da Embraer localizado em Belo Horizonte participa do desenvolvimento de produtos em conjunto com a matriz da empresa, em São José dos Campos, desde as definições iniciais e a certificação aeronáutica até a fase de suporte à operação seriada, dentre outras atividades”, informou. Dentre os novos produtos em desenvolvimento pela empresa neste momento estão o avião de transporte militar KC-390, a nova geração da família de jatos comerciais E-Jets E-2 e os jatos executivos Legacy 500/450. O centro de tecnologia e engenharia da fabricante de aeronaves em Belo Horizonte foi inaugurado em outubro de 2012, com a promessa de empregar de 100 engenheiros. Inicialmente, a estratégia da Embraer é transferir o centro de engenharia, em um segundo momento, para o Centro de Capacitação e Tecnologia Aeroespacial de Minas Gerais (CCAE), em Lagoa Santa. No local, serão realizadas atividades relacionadas ao desenvolvimento de projetos, produtos e serviços para os setores aeronáutico, de defesa e segurança. A Embraer recebeu apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), que alocou R$ 38 milhões na execução do plano de trabalho elaborado pela companhia. Atração Hoje, estão instalados no Senai/Cetec, além da Embraer, a Biominas e o CSEM. O presidente da Fiemg informou que mantém conversas com Vale, CBMM, Petrobras, Vallourec e ArcelorMittal. A intenção é manter dentro do Estado centros de tecnologia e pesquisa de empresas com forte atuação em Minas Gerais, evitando a opção pela instalação deste tipo de empreendimento em outros Estados. Foi o que aconteceu com Usiminas e Vallourec, que têm centros de pesquisa no Rio de Janeiro. Olavo Machado assegurou que não haverá concorrência com outros polos de tecnologias em desenvolvimento, como o BH-Tec. “Queremos que sejam coisas complementares para colocar Minas Gerais na liderança”, disse. O diretor-executivo do Senai/Cetec destacou a importância do centro tecnológico para a aproximação do conhecimento científico das demandas mercadológicas. “Somos muito bons em pesquisa, mas temos muito o que melhorar em inovação”, disse.