desligamentos em dezembro.
Em Minas, a construção civil foi o setor de atividade econômica com a maior deterioração no mercado de trabalho, com um saldo negativo de 19,6 mil empregos. Apenas o comércio teve variação positiva no saldo do emprego, com abertura de 2.599 vagas.
Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Para o professor de economia da faculdade Ibmec, Reginaldo Nogueira, os dados são uma amostra em menor dimensão do que virá neste ano.
“O resultado ruim de 2014 em Minas Gerais é resultado do fim de um ciclo de commodities valorizadas, o que, no Estado, gera efeito sobre os outros setores. Minas vai sofrer mais em 2015, com redução do emprego em velocidade mais acelerada. As próximas pesquisas de emprego trarão notícias ainda piores”, disse.
O vice-presidente de Política, Relações Trabalhistas e Recursos Humanos do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), Walter Bernardes, credita o desempenho adverso da construção civil principalmente ao término das obras da Copa do Mundo. “Era natural que, após o período de grandes obras voltadas para a Copa do Mundo, como o BRT e o estádio do Mineirão, o mercado de trabalho fosse reduzido. Somado a isso, a economia mudou drasticamente, e o governo se viu sem dinheiro e cortou investimentos”, disse.